A deflação nos preços foi menos intensa entre os consumidores mais pobres. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), divulgada nesta terça-feira (11), e é referente ao mês de novembro.
Segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do IPEA, houve deflação em todos os produtos pesquisados. No entanto, a diminuição dos preços atingiu menos as famílias classificadas na faixa de “renda muito baixa” (0,17%). Enquanto isso, o recuo dos preços para as famílias de alto poder aquisitivo foi maior (0,23%).
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Segundo o IPEA, a dinâmica de preços foi a principal responsável pela deflação menor entre os mais pobres.
“A alta de 0,39% do grupo ‘alimentos e bebidas’ provocou um aumento inflacionário maior para as pessoas de renda mais baixa, por conta do peso desses itens na cesta de consumo da população mais pobre”, informou a nota divulgada pelo IPEA.
Além disso, os reajustes de 0,5% no botijão de gás e 0,4% nos aluguéis contribuíram para diminuir o alivio entre os mais pobres.
Baixa da gasolina ajudou mais ricos
Na análise desagregada, a deflação foi puxada pela queda da conta de energia elétrica e dos produtos de higiene pessoal.
“As famílias de renda mais alta, por sua vez, registraram uma deflação maior principalmente devido à retração do preço da gasolina (-3,1%). No cômputo geral, essas famílias de maior poder aquisitivo sofreram menos com os preços. Mesmo assim, também tenham se beneficiado menos do recuo das tarifas de energia elétrica”, conclui a nota do IPEA.