Em um cenário de volatilidade no petróleo, especialistas destacam que a defasagem da gasolina em relação ao Brent e à cotação do combustível internacionalmente segue aumentando.
Segundo Andréa Angelo, a defasagem do preço da gasolina segue aumentando, ou seja, o espaço para queda nos preços na refinaria está alargando.
“A nossa conta de defasagem indica um espaço de -11% de queda, considerando a média dos últimos 15 dias. Na ponta, a defasagem do combustível pelo Brent é de -13% e pela gasolina internacional de -6,9%”, observa.
“Simulando uma queda do combustível na refinaria de 11%, significa na bomba -4% e o impacto no IPCA é de -20 bps. Por ora, não esperamos anúncio de queda, vamos esperar mais alguns dias e ver quais os níveis em que tanto o óleo como o câmbio se estabilizam”, completa.
O especialista aponta que, em relação ao gás de cozinha, que ficará mais caro a partir desta quarta (04), as mudanças não estão relacionadas às refinarias, como Acelen e Petrobras (PETR4), mas às distribuidoras, que estão repassando o impacto da data-base do dissídio coletivo e o aumento dos custos operacionais para o produto.
Último reajuste do preço da gasolina pela Petrobras
A última fez que ocorreu um reajuste da Petrobras foi em meados de julho, quando a estatal fez um aumento de R$ 0,20 por litro, aumentando o preço para as distribuidoras para R$ 3,01.
Conforme detalhado pela companhia, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,20 por litro, uma variação de R$ 0,15 a cada litro de gasolina C.
Em 2024, foi o primeiro ajuste nos preços de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras.