Defasagem do preço do diesel atinge 27% e da gasolina registra 11%

A defasagem da gasolina em relação ao mercado internacional voltou a subir no Brasil, após quase uma semana praticamente estável, enquanto a do diesel subiu ainda mais nesta sexta-feira, 29. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel está com uma defasagem de 27% na comparação com os preços praticados no Golfo do México, enquanto o preço da gasolina registra 11% de diferença.

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No 50º dia sem aumento dos combustíveis pela Petrobras (PETR4), a estatal teria que aumentar o litro do diesel em R$ 1,71 e o da gasolina em R$ 0,45, segundo a Abicom.

Tanto o petróleo como o dólar, usados como base para o cálculo da defasagem, assim como os custos de importação, têm registrado grande volatilidade nos últimos dias, mas permanecem em níveis elevados.

A defasagem nos portos usados como referência pela estatal (Itacoatiara, Itaqui, Suape, Santos e Araucária) chega a 29% para o diesel, enquanto no porto de Aratu, na Bahia, onde funciona a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, essa diferença cai para 20%. A refinaria privada tem feito reajustes quase todas as sexta-feiras, no final da tarde.

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De acordo com a Abicom, essa defasagem impede as importações, que vão depender das grandes importadoras como Petrobras, Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ipiranga. O Brasil importa 25% do diesel consumido no mercado interno e cerca de 3% da gasolina.

A necessidade de reajuste pela Petrobras, para evitar um desabastecimento no País, tem levado o governo a estudar subsídios para os combustíveis neste ano eleitoral. A ideia é pagar a Petrobras para amenizar os aumentos no bolso do consumidor.

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Gasolina sobe 2,35% nos postos em abril mesmo sem reajuste da Petrobras (PETR4)

Mesmo sem reajuste pela Petrobras desde o dia 11 de março, o preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento fechou abril em alta de 2,35% contra o mês anterior, com preço médio de R$ 7,495, segundo dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Já o etanol, concorrente do combustível fóssil, avançou 4,37% se comparado a março, com o litro comercializado em média a R$ 5,936.

“No comparativo com janeiro deste ano, a alta chega a 9% para a gasolina e de 3,1% para o etanol, segundo o último levantamento da Ticket Log. Quando comparamos com um ano atrás, os motoristas brasileiros já estão pagando 31,5% mais caro para abastecer com gasolina e até 30% para o etanol”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil, dona da Ticket Log.

No recorte regional, não houve redução no preço da gasolina e o maior acréscimo do País foi registrado nas bombas do Centro-Oeste (3,44%), que passou de R$ 7,264 para R$ 7,514.

Mesmo tendo a gasolina com o preço médio mais caro de todo o território nacional (R$ 7,584), o litro do combustível no Nordeste avançou 1,65% e foi o menos afetado com as variações de alta. Já os postos da Região Sul comercializam a menor média, a R$ 7,142.

Assim como para a gasolina, nenh como uma região apresentou recuo no preço do etanol, mas sim altas que chegaram a 6,54%, como é o caso do Sudeste. Mesmo comercializando o etanol pelo maior preço médio do País (R$ 6,162), a região menos afetada com as altas foi o Norte, com avanço de 1,73%. A menor média para o litro do etanol foi registrada nas bombas do Centro-Oeste, apesar de a região apresentar a maior alta no preço do combustível, de 5,86%.

Nos destaques por Estado, o Distrito Federal registrou o maior aumento do País para a gasolina (4,45%), que passou de R$ 7,437 para R$ 7,768. Porém, o maior preço médio para o combustível foi encontrado nos postos do Piauí, a R$ 8,150. O valor da gasolina fechou em queda na Bahia e o Estado registrou o maior recuo no preço entre os demais (2,58%), com o valor de R$ 7,560 passando para R$ 7,365. Já o menor preço médio foi encontrado no Amapá, a R$ 6,943.

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Já São Paulo, apesar de apresentar o menor preço médio do País para o litro do etanol, liderou com a maior alta para o combustível (8,61%) entre todos os Estados, que passou de R$ 4,693 para R$ 5,097. O Pará se destacou com o maior preço médio, a R$ 6,685. Nenhum Estado brasileiro apresentou baixa no valor do etanol.

“O etanol vinha apresentando redução de preço desde dezembro do ano passado. Porém, em março começou a registrar altas e o valor do litro segue em uma disparada que já supera os acréscimos da gasolina”, informou Pina.

O IPTL é um índice de preços da gasolina e do diesel levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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