Desde a eleição, tem sido alto o “ruído” em torno da Petrobras (PETR4) “e provavelmente levará um tempo para diminuir”, declara o BTG Pactual. Os analistas acreditam que qualquer decisão da estatal de diminuir os dividendos “pode ser repentina”.
Os analistas do BTG lembram que, na semana passada, Alexandre Silveira, indicado para liderar o Ministério de Minas e Energia, e Jean Paul Prates, anunciado para comandar a Petrobras, disseram que a política de preços de combustíveis da estatal será revista.
O banco também destaca que, recentemente, jornais locais informaram que o relatório completo da equipe de transição energética do novo governo solicitava a revisão do Plano Estratégico da Petrobras em até 60 dias após a posse, incluindo mais recursos para o segmento de refino.
“Continuamos céticos quanto a isso, principalmente considerando a falta de visibilidade sobre a possível renúncia de Caio Paes de Andrade (atual CEO). Mas o simples fato de haver esforços para mudar o Plano Estratégico deve ser suficiente para aumentar a volatilidade das ações”, comentam os analistas.
“Também sentimos que qualquer decisão de reduzir o payout da Petrobras pode ser repentina, provocando uma rápida deterioração na percepção de risco”, complementam.
Novo presidente escolhido confirmou as expectativas
Os analistas do BTG comentaram que os dois nomes anunciados pelo novo governo, especialmente Prates, tinham sido apontados como fortes candidatos há certo tempo, “e acreditamos que a maioria dos investidores já esperava por suas indicações”.
“Mas o anúncio oficial deve permitir ao mercado avaliar melhor os próximos passos do controlador e a nova agenda energética do Brasil”, comentam.
Recomendação para as ações da Petrobras
O BTG Pactual possui recomendação neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 35,70.
Nesta segunda-feira, as ações preferenciais da Petrobras fecharam em forte queda de 6,44%, a R$ 22,92. Nos dois pregões anteriores, os ativos da estatal também fecharam em baixa.