Provavelmente, você conhece ou até mesmo já investiu em debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas. Mas você já ouviu falar em debêntures incentivadas?
As debêntures incentivadas são títulos de renda fixa, emitidos por empresas do setor de infraestrutura, que têm o objetivo de captar recursos destinados ao financiamento de projetos considerados prioritários.
Uma das principais formas de investimento nesses ativos se dá através dos fundos de debêntures incentivadas.
É importante destacar que esses fundos têm isenção de Imposto de Renda. O governo brasileiro instaurou essa lei como parte de uma iniciativa de ampliar as alternativas de financiamento da economia e promover o mercado de capitais como fonte de recursos de longo prazo.
“A grande vantagem desses fundos é proporcionar um retorno isento de impostos com diversificação em variados setores e empresas, normalmente disponíveis somente para os grandes investidores”, diz Alexandre Pimentel, head da área de crédito, renda fixa e multimercado da Fator.
“Vale ressaltar também o rendimento superior em relação aos títulos públicos (que não são isentos) e a contribuição para o desenvolvimento da infraestrutura nacional, que tem demanda inesgotável”, complementa Rafael Ohmachi, gestor da RB Capital.
Entre os principais riscos de se investir em fundos de debêntures, é possível citar:
- Default – devedor não honrar com suas obrigações junto aos investidores
- Concentrações setoriais
- Risco regulatório – potenciais mudanças nas políticas governamentais
A maior parte dos riscos, contudo, está relacionada aos projetos específicos de cada debênture. Também por esse motivo, o fundo se mostra uma boa opção, já que oferece diversificação e uma equipe de gestão dedicada aos projetos.
Neste momento, a expectativa de início do ciclo de relaxamento monetário nos Estados Unidos para setembro e a redução na curva de juros futuros vem beneficiando alguns desses fundos. Isso porque, com taxas altas, a iniciativa de novos projetos de infraestrutura é limitada.
“No mês de julho, o fundo AZ Quest Debêntures Incentivadas teve rendimento de 1,42%, acumulando +8,01% no ano. A rentabilidade nominal foi impactada positivamente pelo fechamento da curva de juros reais”, diz a carta de crédito da AZ Quest, exemplificando esse movimento.
“Por sua vez, os fundos da RB Asset utilizam 100% de hedge, mitigando os riscos dos impactos da curva de juros. Desta forma, o benchmark a ser observado é o CDI, uma vez que os ativos que têm característica do IPCA são ‘transformados’ em CDI via instrumentos de derivativos, resultando em menor volatilidade na cota”, pondera Rafael Ohmachi sobre o RB Capital Debêntures Incentivadas.
A volatilidade, aliás, é um dos quesitos importantes a serem analisados antes de escolher um fundo para se investir, e também é um dos destaques do Fator Debêntures Incentivadas, segundo o gestor Alexandre Pimentel.
“O histórico do nosso fundo de debêntures é excelente, sendo um dos mais rentáveis e menos voláteis dos últimos 12 meses. Isso é reflexo da análise e do acompanhamento profundo dos ativos alocados”, completa.