A Justiça de Minas Gerais suspendeu novamente a venda das debêntures de Eike Batista, divulgou nesta terça (13) o Valor Econômico.
O pedido foi feito pela Argente, uma corretora que tentou comprar os ativos de Eike ao fim de 2021.
O desembargador Adriano de Mesquita Carneiro suspendeu a decisão da juíza responsável pelo caso, Claudia Helena Batista, que permitia a venda direta das debêntures pelo preço mínimo de R$ 360 milhões.
Com o valor mínimo estipulado em R$ 360 milhões, a decisão da juíza rendeu críticas tanto da defesa de Eike quanto de seus credores na MMX, que deveriam receber o valor da venda. Eike chegou a avaliar o ativo em R$ 1,8 bi.
Com a nova suspensão, o desembargador também deu um prazo de 15 dias para que as partes se manifestem.
Eike disputado por fundos americanos
Os fundos americanos Arena Investors e Carval entraram na disputa pelas debêntures da Anglo American que pertence a Eike Batista, segundo divulgou o Valor Econômico.
Com oferta de R$ 612 milhões, os fundos chegam para brigar pelos ativos de Eike com o BTG, Citi, XP e Modal.
Segundo o Valor, os fundos americanos buscam possibilidade de participar do processo na condição de “stalking horse”, ou seja, tendo preferência na compra.
Como argumento, citam que a proposta feita por eles reúne melhores condições para ambos os lados, tanto à massa falida quanto aos credores.
Na semana passada, após a decisão da juíza Batista, o administrador judicial informou à justiça que o BTG teria a posição de “stalking horse” no processo, com oferta de R$ 360 milhões.
Em seguida, a XP se manifestou com uma proposta de R$ 380 milhões, feita juntamente ao Banco Modal.
Leilões passados falharam
Desde dezembro, foram três tentativas para leiloar as debêntures de Eike Batista, todas fracassadas. Os R$ 360 milhões acertados pela Justiça nesta semana e ofertados pelo BTG estão bem abaixo da média negociada nas tentativas.
Na investida mais recente pelos ativos de Eike, o preço mínimo foi de R$ 1,25 bilhão. Na primeira, chegou a ser R$ 1,8 bilhão.