Debêntures representam 61% das emissões no mercado de capitais em abril
De acordo com a ANBIMA, as ofertas de debêntures somaram R$ 24,3 bilhões em abril, o que representa 61,3% do montante total de operações realizadas no período (R$ 39,6 bilhões). De janeiro a abril, as debêntures acumulam volume de R$ 55,3 bilhões, contra R$ 32,4 bilhões no mesmo intervalo do ano passado.
Na renda variável, o mês de abril foi o primeiro de 2021 sem a conclusão de IPOs (ofertas iniciais de ações). No ano, já foram realizadas 16 operações desse tipo, somando R$ 21,8 bilhões, volume que representa alta de 451% na comparação ao primeiro quadrimestre de 2020.
Vale destacar que até o fim de abril seis IPOs estavam em andamento. Entre os follow-ons (ofertas subsequentes), quatro operações movimentaram R$ 5,4 bilhões em abril (no ano, o volume acumulado é de R$ 17 bilhões).
Considerados produtos híbridos entre renda fixa e variável, os fundos imobiliários registraram em abril volume de R$ 2,1 bilhões. No ano, as operações chegam a R$ 16,2 bilhões. Os investidores pessoa física ficaram com a maior parte das ofertas, 35,5%, seguidos pelos institucionais, com 31,2%, fundos de investimento, com 18,5%, investidores estrangeiros, com 11,1%, e intermediários, com 3,8%.
Índices de títulos públicos e debêntures têm os melhores resultados do ano
Os índices que acompanham os papéis de renda fixa apresentaram os melhores resultados do ano no mês de abril, segundo a ANBIMA. As rentabilidades do IMA-Geral, que reflete a trajetória dos títulos públicos federais, e do IDA-Geral, que representa os títulos corporativos, foram de 0,51% e de 0,91%, respectivamente. No resultado acumulado do ano, o IMA-Geral tem variação negativa de 0,82%, enquanto o IDA-Geral tem ganho de 1,69%.
Entre os títulos públicos, o melhor desempenho de abril foi do subíndice IRF-M1+, que espelha as NTN-Fs e LTNs acima de um ano de vencimento. A carteira registrou ganho de 1,12% no mês, diminuindo sua desvalorização no ano para 3,70%. Em seguida veio a carteira das NTN-Bs de até cinco anos de vencimento, refletidas no IMA-B5: o índice encerrou abril com 0,87%, apresentando a melhor performance acumulada em 2021 (0,72%).
Em relação aos títulos corporativos, representados pela família IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), o melhor resultado foi o do IDA-IPCA Infraestrutura, com retornos de 1,44% (mensal) e 0,97% (anual). Já o IDA-DI, formado por debêntures remuneradas por essa taxa, encerrou o mês com ganho de 0,56%, registrando 2,09% de variação em 2021.