A maior produtora mundial de diamantes De Beers decidiu baixar o preço de seus produtos para tentar estimular as vendas no setor, em vista da paralisação por conta da pandemia de covid-19.
A companhia comunicou aos clientes que estava reduzindo os preços de diamantes maiores em cerca de 10% no processo de venda que tem início nesta semana, segundo disseram pessoas, que pediram para não serem identificadas, à “Bloomberg”.
A unidade do conglomerado Anglo American e a rival mineradora russa Alrosa vinham tentando defender o valor das pedra preciosa, ao passo que a pandemia infligia forte impacto ao setor. Joalherias fechadas, lapidadores confinados em isolamento social e queda na demanda levaram a indústria dos diamantes à paralisação na crise.
Nesse sentido, a De Beers e Alrosa venderam um montante somado de US$ 130 milhões (equivalente a R$ 727,22 milhões) em diamantes brutos no segundo trimestre deste ano, ante os US$ 2,1 bilhões comercializados no mesmo período do ano anterior.
De Beers reduz preços dos diamantes
A maior e mais antiga produtora de diamantes do mundo procura formas de reestruturas minas, bem como expandir o setor de joias e reformular as vendas em meio à pandemia.
Com isso, a De Beers cortou o preço dos diamantes brutos com mais de 1 quilate, tamanho que, normalmente rende uma gema polida de 0,3 quilate, afirmaram fontes. A produtora manteve o custo de pedras menores em vista da demanda mais reduzida e pois a redução dos preços em proporção semelhante não entusiasmaria as compras.
Ainda antes do corte de preços, a De Beers já havia realizado concessões de modo a permitir que os clientes voltassem atrás em contratos e visualizassem os diamantes em locais alternativos. Não obstante, rivais menores continuaram a abocanhar participação da empresa com descontos de 25%, minando a posição da empresa.