Davos: acordo de compras governamentais ataca corrupção, diz Guedes
O ministro da Economia Paulo Guedes disse à jornalistas, na manhã desta terça-feira (21), em Davos, que o acordo de compras governamentais “é um ataque frontal à corrupção“. O SUNO Notícias está cobrindo o Fórum Econômico Mundial diretamente da Suíça.
Segundo o discurso de Guedes em Davos, “o Brasil deve entrar no que chamam de Government Procurement Agreement (GPA). É o acordo pelo qual passamos a admitir agentes e empresas estrangeiras no País.”
“O Brasil está querendo entrar para a primeira divisão de melhores práticas e isso, realmente, é um ataque frontal à corrupção. O principal tema na campanha eleitoral do presidente Bolsonaro foi acabar com a corrupção, e nós sabemos que muito da corrupção foi permitida por coisas de governo, como empreiteiras e obras governamentais’, disse.
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Além disso, Guedes reforçou a necessidade de uma abertura econômica, com competição e melhores oportunidades de negócios no País.
“O Brasil não é uma fábrica de bilionários à custa da exploração dos seus consumidores. O Brasil é um país querendo crescimento, competição, melhores oportunidades e se livrar de corrupção. Então esse acordo de compras governamentais é frontal à corrupção. São as melhores práticas de quando o governo vai realizar alguma compra”, salientou.
Discurso em Davos
Entre outros assuntos, Guedes também falou sobre a situação da indústria nacional e do papel do Brasil na lógica de produção global do futuro.
Segundo o chefe da pasta econômica, “o Brasil perdeu essa onda da manufatura avançada, mas agora estamos tentando correr atrás”. “O futuro não é apenas da manufatura, mas é sobre mindfactory (palavra em inglês que identifica uma produção da manufatura ‘inteligente’)”.
“O nosso maior papel como Brasil não é inovar, mas garantir que temos um ambiente de negócios amigável para aplicar essas inovações, criar uma academia sólida e pessoas preparadas para trabalhar nesse futuro de indústria inovadora”, afirmou.
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Ademais, Guedes fez comentários sobre a educação do País e do mundo, salientando que “nosso desafio é educar as pessoas para que sejam prontas para esse futuro”.
Quando ao meio ambiente, tema central do encontro deste ano, para o ministro brasileiro, “o maior risco é a pobreza, pois as pessoas destroem florestas e outros ambientes naturais para comer e ganhar dinheiro”.
O SUNO Notícias está acompanhando o encontro de Davos diretamente da Suíça trazendo todas as informações.