Datafolha: Bolsonaro lidera, Haddad cresce na busca pelo segundo turno
Faltando menos de três semanas para o primeiro turno, o último levantamento do Datafolha, divulgado na noite de ontem, reforça bastante do que o Ibope, lançado um dia antes, já indicava. A pesquisa, realizada entre 18 e 19 de setembro, apresenta Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 28% das intenções de voto, enquanto Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) disputam uma vaga no segundo turno, com 16% e 13% das intenções de voto, respectivamente.
Mais abaixa da lista, aparecem Geraldo Alckmin (PSDB) com 9% das intenções e Marina Silva (Rede), com 7%. Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) têm 3%, enquanto Henrique Meirelles (MDB) aparece com 2%. Brancos, Nulos e Indecisos são 17% da população.
Em comparação com o levantamento do Datafolha de um mês atrás, Bolsonaro ganhou seis pontos percentuais. Fernando Haddad foi de 4% para 16%, subindo doze pontos. Ciro tinha 10% e agora tem 13%. Alckmin se mantém estável em nove pontos há um mês. Marina Silva, no mês passado, tinha 16% das intenções de voto, e agora tem menos da metade disso. Brancos, nulos e indecisos caíram 11 pontos.
Nas simulações de segundo turno, o destaque é Ciro Gomes, que ganharia todos os embates pesquisados. Contra Bolsonaro, Ciro lidera por 45% a 39%. Na disputa mais provável, entre Fernando Haddad e Bolsonaro, o cenário é de empate: 40% a 40%.
Bolsonaro é ao mesmo tempo o candidato com maior rejeição e também com os eleitores mais convictos. Sua rejeição é de 43%, contra os 29% de Haddad, e ambos apresentam convicção de 75%, proporção de seus eleitores que diz que não mudaria o voto de jeito nenhum. A convicção é a menor entre os eleitores de Ciro, Marina e Alckmin.
No ranking de “segundas opções”, Ciro é líder, com 15% dos eleitores dizendo que votariam nele se não fossem votar em sua primeira escolha. Depois vêm Marina, Alckmin, Haddad, Bolsonaro e Meirelles, nessa ordem.
A pesquisa foi realizada nos dias 18 e 19 de setembro e contou com 8.596 entrevistas em 323 municípios, em todas as unidades da federação. A margem máxima de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro. O levantamento, contratado pela Folha e o Grupo Globo, está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo código BR-06919/2018 e teve custo de R$ 398.344,00.