A Dasa (DASA3), companhia que possui uma rede de laboratórios de exames e hospitais, informou nesta quinta-feira (28), em fato relevante, que está selecionando instituições financeiras para realizar uma possível oferta subsequente de ações (follow on) no Novo Mercado da B3 (B3SA3). O comunicado confirma a notícia do jornal Valor Econômico divulgada ontem.
A companhia, entretanto, afirma que não há qualquer decisão sobre se o follow on sairá ou não do papel. A oferta está sujeita à aprovação dos sócios da Dasa, a condições políticas e econômicas favoráveis e à demonstração de interesse por parte dos investidores.
A Dasa busca instituições financeiras para ter auxílio no estudo sobre a possível emissão. Será apenas após o levantamento estar pronto que a empresa dará informações sobre o processo, como, por exemplo, volume de ações ofertado, preço por papel e demais termos e condições da possível oferta.
Segundo jornal, Dasa pretende levantar até R$ 6 bilhões
A matéria do Valor Econômico afirmou que a Dasa pretende levantar até R$ 6 bilhões e realizar a emissão já em fevereiro e que a decisão já estaria tomada. Bradesco BBI, BTG Pactual e Credit Suisse já integram o sindicato de bancos que organizarão a oferta.
A movimentação da Dasa pode ser considerada um novo IPO, uma vez que as ações ordinárias da rede de laboratórios possuem atualmente um free-float de apenas 2,5%. A nova emissão deve colocar uma fatia de até 10% em circulação.
A operação vem em momento crucial, impulsionada pelos recentes gastos da empresa: a Dasa incorporou a Ímpar, rede de hospital que já era dos mesmos controladores, e comprou o Grupo Leforte por R$ 1,77 bilhão. As movimentações no setor de saúde, com o IPO da Rede D’Or (RDOR3), que deve continuar suas aquisições, e a fusão da Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) também estimularam a decisão.
Com a recente valorizações da ação da Dasa, que subiu 200% desde dezembro de 2020, é possível também que alguns acionistas optem por vender suas partes e embolsar algum lucro.