Dasa (DASA3) despenca 12% após após aumento de capital e piso de enfermagem

As ações da Dasa (DASA3) caem 12,7% no intradia desta quarta-feira (19), após a companhia confirmar que fará uma oferta subsequente de ações (follow-on).

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O aumento de capital da Dasa deve ser de R$ 1,67 bilhão, com oferta a um preço de R$ 8,50. Serão emitidas 196,8 milhões de novas ações.

Na véspera, o preço das ações DASA3 foi de R$ 8,05.

O dinheiro deve dar mais fôlego a companhia, que soma uma dívida de R$ 8,38 bilhões, conforme dados atualizados do Status Invest.

Com isso, a alavancagem da empresa é de cerca de quatro vezes o seu Ebitda.

O follow-on da empresa é o terceiro do ano, após Assaí (ASAI3) e Hapvida (HAPV3) também captarem recursos no mercado.

No caso da Hapvida, a oferta de ações também ‘assustou’ o mercado e ocasionou queda nas ações.

Cotação DASA3

Gráfico gerado em: 19/04/2023
1 Ano

Piso da enfermagem contribui para baixa das ações da Dasa

A companhia também sofre com a derrocada em bloco das ações de saúde após novos capítulos no piso da enfermagem.

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Isso porque, na véspera o presidente Lula (PT) assinou um Projeto de Lei que prevê abertura de R$ 7,3 bilhões em crédito a fim de custear o piso salarial da categoria de profissionais.

O piso prevê remuneração mínima de R$ 4,75 mil para enfermeiros, além de 70% desse valor para técnicos de enfermagem (R$ 3,3 mil) e 50% para auxiliares e parteiras (R$ 2,3 mil).

O piso já havia sido aprovado pelo congresso em novembro 2022, contudo foi suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF). À época, o ministro Luís Roberto Barroso argumentou que a medida não apontava a origem dos recursos.

Posteriormente, em dezembro, o congresso aprovou a ‘PEC da Enfermagem’, que definia a fonte de recurso para pagar o piso de hospitais e instituições em que ao menos 60% dos pacientes são atendidos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme a PEC, esses recursos virão do pré-sal e de outros fundos constitucionais. O Ministério da Saúde, assim, fica responsável por fazer os repasses.

O cenário, assim coloca uma pressão maior sobre os custos de companhias de saúde, como a Hapvida, a Dasa e demais listadas em bolsa.

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Eduardo Vargas

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