CYCR11 prevê dividendos estáveis ou maiores nos próximos meses; veja perspectivas
O fundo imobiliário Cyrela Crédito (CYCR11) comentou sobre suas estratégias para atravessar o atual contexto de deflação sem perder seus ganhos. Mesmo com a inflação negativa nos últimos três meses, a gestora Cy Capital quer manter o patamar de dividendos, vislumbrando algum aumento em 2023.
O terceiro trimestre de 2022 terminou positivo para o fundo, com mais uma distribuição de R$ 1,00 por cota, equivalente a um dividend yield anualizado de 13,48% (considerando o valor da cota de fechamento dos últimos 3 meses).
Se você quer se informar sobre o mercado de FIIs e saber como obter dividendos crescentes, você precisa acompanhar a Semana FIIs e Dividendos do Suno Notícias, realizada com apoio da Cy Capital. Veja todos os conteúdos clicando aqui.
Os rendimentos do CYCR11
O fundo empreendeu uma série de estratégias para não perder receitas com a inflação menor, já que 63% da carteira de CRI do fundo é indexada ao IPCA.
Além disso, de novembro de 2021 até o mês de outubro deste ano, a média de distribuição do CYCR11 é R$ 1,23 por cota, com um dividend yield médio de 15,80%.
Para conter a volatilidade nos rendimentos no curto prazo, o CYCR11 alocou parte do seu patrimônio em ativos atrelados ao CDI. Com a taxa Selic em 13,75%, o retorno dos investimentos em dívidas pós-fixadas tem sido maior quando comparado à inflação.
Além disso, 6 dos 13 CRIs do portfólio estão protegidos contra deflação. Isso significa que mesmo com a queda do IPCA, eles são corrigidos apenas pela variação positiva do mesmo.
Na visão da gestora, investir em ativos indexados ao CDI juntamente com a proteção ao crédito, deixou o fundo bem “posicionado para distribuir um dividend yield em linha com os últimos meses”, afirmou a gestora em relatório gerencial.
Possibilidade de manter os dividendos nos próximos meses
Gustavo Rassi, sócio e gestor da Cy Capital, confirmou que o FII continuará pagando um bom dividend yield em 2022, em linha com as últimas distribuições.
O gestor comparou o CYCR11 com outros fundos imobiliários de papel, dizendo que seus pares que possuem porção mais relevante dos CRIs indexados à IPCA, têm distribuído dividendos muito baixos. Porém, “o fundo continua distribuindo R$ 1,00 por cota, com perspectiva de prosseguir nesse patamar”, diz Rassi.
Antes mesmo da redução da inflação em julho, a Cy Capital se preparou para este cenário. Rassi comentou que após a emissão de cotas do fundo, a gestora optou por fechar algumas operações lastreadas em CDI. De lá para cá, foram três quedas seguidas na inflação, enquanto o fundo conseguiu segurar os rendimentos.
De toda forma, o CYCR11 não abriu mão dos CRIs atrelados ao IPCA. O fundo continuará originando operações indexadas à inflação nos próximos meses. “Como parte dos nossos negócios são fechados com incorporadoras de médio porte, seus ativos tendem a variar mais alinhado com a inflação e menos com o CDI”, destaca Rassi.
A gestora acredita que essas operações são mais adequadas aos devedores atendidos pelo FII. Como complemento, a parcela de investimentos em ativos indexados ao CDI permanecem para garantir a estabilidade dos rendimentos.
Por fim, a gestora manteve uma parte do caixa do CYCR11 rendendo aproximadamente 100% do CDI em operações compromissadas.
Nessas operações, o fundo compra CRIs do balanço de bancos com o compromisso de revender o ativo à instituição em um tempo determinado, recebendo um “prêmio”. Justamente esse valor que ficou rendendo a CDI. O gestor garante que essas operações estão gerando valor aos cotistas do FII.
Novos desafios para o fundo
Ao longo do mês de setembro, o fundo teve em média de negociação na B3 o valor de R$ 232 mil por dia. Porém, o fundo espera um aumento da liquidez nos próximos meses, após aprovação em assembleia para trazer a cota para a base R$ 10,00.
Com cotas mais acessíveis ao investidor, a gestora espera o aumento de liquidez, dando um passo importante para dar mais segurança aos cotistas.
O objetivo do FII Cyrela Crédito FII (CYCR11) é auferir ganhos pela aplicação de seus recursos em ativos financeiros com lastro imobiliário. Os ativos podem ser: CRI, Debênture, LCI, LH e cotas de FIIs e ativos imobiliários e projetos imobiliários residenciais.