CVM e Senacon fecham acordo para reforçar proteção aos investidores
Buscando aumentar a proteção dos investidores no mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça firmaram um acordo de cooperação que permite que a autarquia tenha acesso à plataforma de solução alternativa de conflitos ‘Consumidor.gov.br’.
O acordo vem após um grande avanço no número de investidores de varejo atuando na Bolsa de Valores resultar em mais consultas, reclamações e denúncias recebidas pela CVM.
Assim, com acesso às informações do portal, a autarquia poderá monitorar as informações e reclamações feitas pelos consumidores, bem como as respostas das empresas que envolvam o mercado de capitais.
Leonardo Montanholi, subprocurador-chefe da subprocuradoria jurídica 4 da CVM, considera que a implementação de canais específicos para comunicação de infrações, como pirâmides financeiras, será útil para o combate mais rápido e efetivo desses desvios no mercado de capitais.
Já a Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues, reforça que esse tema passou a ganhar mais importância uma vez que o Brasil, atualmente, conta com muitos investidores que aplicam valores baixos e que às vezes não sabem que são considerados consumidores de serviços financeiros.
“É importante que esses consumidores registrem suas reclamações para que possamos combater os abusos, já que a CVM tem relatado um aumento das reclamações que chegam à autarquia”, disse em comunicado.
Número de investidores pessoas físicas na Bolsa de Valores cresce 92% em 2020
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) (B3SA3) informou na última terça-feira (5) que o número investidores pessoas físicas cresceu 92% em 2020, chegando a 3,2 milhões de contas.
O aumento dos investidores pessoas físicas ocorreu mesmo em um ano de grande volatilidade no mercado financeiro.
Esse aumento expressivo de 2020 representa o quinto ano consecutivo de aumento de numero de investidores pessoas físicas na Bolsa de Valores. Em 2019 esse crescimento tinha sido de 106,7%.
Com informações do Estadão Conteúdo.