A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negou nesta segunda-feira (26) estudar alterações nas normas envolvendo operações de day trade.
A autarquia contradisse a informação veiculada na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, de que ela estaria preocupada com prejuízos de investidores com negociações diárias e estudaria uma mudança na regulamentação do day trade.
“Não há, no momento, estudo para alterações nas normas da CVM que envolvem o tema”, pontuou o órgão regulador do mercado de capitais brasileiro.
“A autarquia está permanentemente modernizando a regulamentação, em função de fatores diversos, tais como estruturas inovadoras, experiência da supervisão, demandas de agentes de mercado, entre outros”, ressaltou a CVM.
Day trade no Brasil
Hoje, existem cerca de 3,5 milhões de investidores pessoas físicas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), sendo que em 2016 o número era somente 600 mil CPFs cadastrados. E o interesse por day trade no Brasil veio junto com o crescimento do número de investidores.
Mas de acordo com a CVM, as operações de day trade têm alto risco e não são recomendadas para aqueles sem a capacidade de compreender os riscos e as características dessas operações.
“investidor, seja amador ou profissional, passa a acreditar que pode gerar melhores resultados que o mercado. Isso até acontece uma vez ou outra, mas o grande desafio aqui é justamente ter conquistas constantes”, destacou o órgão regulador de mercado.
Desse modo, a CVM conclui que a atividade não deve ser exercida por investidor os quais não podem e dedicar a estudar com afinco, não tenham praticado em uma conta demo para se ambientar ao mercado, não tenham uma reserva de emergência, e tampouco para aquelas pessoas que possuem um trabalho em período integral.