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Fundos de ações poderão manter carteira escondida por seis meses

Cotação do Ibovespa

Ibovespa. Foto: Pixabay

Conforme nova resolução da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, os fundos de ações do mercado de capitais brasileiro poderão manter ocultas suas carteiras por mais tempo.

Os fundos de ações podiam manter a carteira fechada por 90 dias e, agora, com a flexibilização, serão seis meses de sigilo para os demonstrativos de composição e diversificação de carteira (CDA).

Essa regra vale para os fundos de ações com gestão ativa e incluem os fundos de previdência. Ou seja, com a nova resolução da CVM, todo fundo que tiver o Ibovespa como benchmark poderá usufruir dos seis meses de carteira oculta.

Segundo a CVM, a Resolução CVM 172 “promove alterações temporárias, em caráter experimental” e entra em vigor a partir de 1º de dezembro, próximo.

A autarquia destaca que se trata de uma medida “provisória e experimental”.

É uma mudança que atende a uma demanda de gestores que, aliás, se intensificou com o lançamento do ETF GURU11, que replica a alocação de ações das carteiras dos melhores fundos nos últimos cinco anos.

Regra anterior para fundos de ações permitia ‘ocultar informações seletivas’

Anteriormente, os 90 dias funcionavam apenas para informações decididas pelos gestores. Essas informações teriam que ser justificadas perante a CVM com argumentos válidos.

A carteira dos fundos de ações teria de ser divulgada mensalmente, com um ‘delay’ de 10 dias. Além disso, há a divulgação diária das cotas dos fundos, o que aumenta ainda mais a transparência dessas carteiras.

É possível assim, com ETFs como o GURU11, replicar a carteira dos fundos. Como a cota diária também é publicada, é uma das regras de transparência da CVM.

A reivindicação dos gestores de fundos de ações é justamente essa, de que seria uma ‘quebra de direitos’, dado que as Assets costumam ter dinheiro investidor em áreas de análise, algoritmos e ferramentas para chegar no portfólio final.

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