CVM quer mudar regras do day trade e as outras 5 notícias mais lidas da semana
A preocupação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com o day trade liderou as notícias mais lidas da semana.
Seguem entre as notícias mais lidas da semana a aprovação pela Weg do desdobramento de suas ações e o pagamento de juros sobre o capital próprio pela Magazine Luiza.
Completam o elenco mais uma notícia sobre a CVM, que alertou sobre a atuação irregular da IQ Option e o pagamento de dividendos da Engie Brasil.
Confira abaixo um resumo e o link para as cinco notícias mais lidas na semana.
A primeira entre as notícias mais lidas da semana: CVM não está feliz com day trade e estuda mudar regulamentação, diz coluna
A primeira notícia entre as mais lidas da semana mostra como a CVM entrou em contato com nomes do mercado financeiro, incluindo bancos e corretoras, para abordar operações de day trade.
De acordo com informação da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a xerife do mercado de capitais brasileiro está preocupada com investidores que acabam incorrendo em prejuízo através da estratégia especulativa e estuda uma mudança na regulamentação.
O “day trader”, quem opera com compra e venda de ativos no mesmo dia, tem baixa chance de conseguir uma renda satisfatória, mostrou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a instituição, apenas 0,57% dos investidores continuam fazendo day trade após 300 pregões e, na média, day traders têm um prejuízo bruto de R$ 49 diariamente.
Atualmente, são pouco mais de 3,5 milhões de investidores pessoas físicas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), contra cerca de 600 mil CPFs cadastrados em 2016. E o interesse por day trade no Brasil veio junto com o crescimento do número de investidores.
Na edição 15 de “Cadernos CVM”, de 2020, a qual trata das operações, a autarquia destacou que o interesse pela estratégia de operação disparou nos últimos três anos. Dados obtidos a partir do Google Trends apontaram para uma salto na procura pelo termo desde 2018, da ordem de quatro vezes.
Weg (WEGE3) aprova desdobramento de uma ação em duas
A segunda notícia mais lida da semana é a da Weg (WEGE3), que aprovou nesta terça-feira (27) a proposta de desdobramento das ações representativas do seu capital social, e assim, cada ação ordinária passará a representar duas.
O desdobramento de ações da Weg não irá aumentar seu capital social, mas o novo número de ações representativas do capital social da companhia passou de 2.098.658.999 para 4.197.317.998 papéis ordinários.
Em relação a paridade existente entre os papéis e os ADRs, a empresa explica que foi mantida em um para um, o que significa que cada ADR continua sendo representado por apenas uma ação ordinária da Weg.
Segundo a companhia, o desdobramento tem como objetivos ampliar o acesso de investidores às suas ações emitidas, diversificar a base acionária e aumentar a liquidez dos papéis.
Além disso, os direitos das ações ordinárias provenientes do desdobramento permanecem inalterados em relação à posição acionária anterior.
Vale destacar que a partir de amanhã (28), os papéis serão negociados sem direito ao desdobramento, e o crédito das ações desdobradas será realizada automaticamente na conta dos acionistas no dia 30 de abril.
Magazine Luiza (MGLU3) pagará R$ 170 mi em JCP em 5 de maio
A terceira entre as notícias mais lidas da semana é a da Magazine Luiza (MGLU3), que informou que no dia 5 de maio realizará o pagamento dos R$ 170 milhões em Juros sobre o Capital Próprio, aprovados em dezembro do ano passado. A informação foi divulgada hoje (26) pela companhia, através de aviso aos acionistas.
Os Juros Sobre Capital Próprio declarados pelo Magazine Luiza são referentes ao exercício social finalizado em dezembro de 2020.
Além disso, valor bruto por ação, ou seja, o valor sem descontar o impostos de renda retido na fonte de 15%, é de pouco mais que R$ 0,0263.
Os proventos serão pagos aos acionistas que tinham ações do Magalu ao final do dia e 29 de dezembro do ano passado, sendo que após essa data os papéis passaram a ser negociados sem direito ao recebimento desses JCPs.
Após ‘Robô da Nasa’, CVM reforça alerta contra IQ Option
A Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM reitera em comunicado um alerta sobre a atuação irregular da IQ Option. A empresa não está autorizada pelo órgão regulador a captar clientes residentes no Brasil, por não integrar o sistema de distribuição de valores mobiliários.
Em 24 de abril do ano passado, a CVM fez o primeiro alerta sobre a IQ Option e determinou a suspensão de ofertas públicas de investimento veiculadas pelo mesmo.
A SMI detectou indícios de que a empresa, por meio do site www.iqoption.com, vinha realizando a captação irregular de investidores para a realização de operações no mercado Forex (Foreign Exchange), em Contracts For Difference (CFD) e em opções binárias.
O caso já foi comunicado pela autarquia ao Ministério Público Federal no Distrito Federal. Além disso, a CVM também iniciou contato com a Financial Services Authority de São Vicente e Granadinas, onde está constituída a IQ Option, em busca de uma atuação coordenada no caso. O assunto é alvo do processo administrativo SP2016-467.
Operações realizadas no mercado Forex envolvem negociações cujo resultado decorre da variação da cotação de pares de moedas estrangeiras. Os CFDs e as opções binárias são operações em que o resultado deriva da performance dos ativos em que se baseiam. Todas essas modalidades de investimentos são consideradas derivativos.
Engie Brasil (EGIE3) pagará R$ 609,6 milhões em dividendos
A última das notícias mais lidas da semana é a da Engie Brasil (EGIE3), que anunciou na noite desta quarta-feira (28) que pagará R$ 609,6 milhões em dividendos complementares relativos ao ano passado, seguindo o que foi aprovado em assembleia geral ordinária realizada também ontem. Serão cerca R$ 0,747 por ação.
Em fevereiro, o conselho de administração da companhia já havia proposto o pagamento da quantia. Com isso, a Engie distribuiu durante todo o ano de 2020 R$ 2,016 bilhões em proventos, equivalente a 100% do lucro líquido distribuível (desconsiderando a repactuação do risco hidrológico).
Em dezembro de 2020, a Engie avia anunciado o pagamento de R$ 729 milhões, separados em R$ 554 milhões em dividendos e R$ 175 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP). Em julho do ano passado, outros R$ 677,6 milhões em dividendos intercalares foram comunicados.
Essas eram as 5 notícias mais lidas da semana. Para ler todas, clique aqui.