Petrobras (PETR4): CVM apura demissão de gerente de RH suspeito de ‘insider’
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está analisando o episódio que resultou na demissão do gerente de Recursos Humanos da Petrobras (PETR4), Claudio Costa, na última segunda-feira (29) sob a acusação de negociar ações da estatal em bolsa poucos dias antes do anúncio dos resultados da companhia.
Em comunicado, a Petrobras disse que ele atuou, “em episódio pontual”, em desacordo com o disposto na política de divulgação de ato ou fato relevante e de negociação de valores mobiliários. Ela veda a negociação de valores mobiliários de emissão da Petrobras por pessoas vinculadas nos 15 dias que antecedem a divulgação das demonstrações financeiras da companhia, explica a estatal.
O caso está sendo analisado pela CVM dentro de um processo aberto em 2 de março para investigar diversas transações com papéis da petroleira no período próximo à troca de comando na empresa determinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O órgão regulador do mercado de capitais deu início à apuração após levantada a possibilidade de uso de informação privilegiada (insider trading) com ações da estatal.
Homem de confiança do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, Costa também deixou o conselho de administração da subsidiária de Logística da estatal, a Transpetro. “Concluí minha jornada no grupo Petrobras”, afirmou Costa ao Broasdcast. Ele negou que tenha cometido qualquer irregularidade enquanto esteve na liderança do RH da empresa e repassou para a estatal a responsabilidade de se posicionar sobre a decisão de demiti-lo. Segundo o executivo, “são inverdades que estão sendo divulgadas” contra ele.
Petrobras confirma demissão por suposto insider trading
A petroleira confirmou na noite da segunda-feira (29) a demissão de Cláudio da Costa.
“O gerente executivo de recursos humanos foi desligado da companhia na data de hoje, por ter atuado, em episódio pontual, em desacordo com o disposto na Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários”, diz a Petrobras em documento.
(Com Estadão Conteúdo)