A pandemia de covid-19 foi avassaladora para o turismo global e, apesar da recuperação parcial do setor, o caminho de retomada não deve ser fácil. Ainda assim, os analistas do BTG Pactual (BPAC11) olharam os números e avaliaram: a CVC (CVCB3) deve ser uma dos principais beneficiários do avanço da vacinação e deve se favorecer da relação de longo prazo com o segmento B2B.
Em relatório assinado por Luiz Guanais e Victor Rogatis, o banco disse receber positivamente o movimento de turnaround implantado pela administração desde o ano passado, quando a CVC reformulou a estrutura e deu início a uma série de iniciativas para reviver o negócio.
Segundo os analistas, o turnaround envolve quatro pilares:
- melhorar a experiência dos consumidores, com o uso de ferramentas de preços dinâmicos e uma plataforma omni, digitalizando os franqueados;
- foco na plataforma de hotelaria;
- lançamento da plataforma de venda direta;
- melhorias no programa de fidelidade e oferta de crédito.
Soma-se a isso o desempenho positivo da operadora de viagens, mesmo com o acirramento da concorrência. O resultado, de acordo com o BTG, se deve ao “vasto relacionamento de longo prazo” com a fragmentada indústria hoteleira e companhias aéreas no B2B e B2C.
“A CVC deve ser uma dos principais beneficiários da vacinação. Recebemos bem o turnaround feito pela administração desde o ano passado, e a enorme escala e poder de barganha da CVC com os fornecedores (principalmente operadores de hotéis).”
Apesar disso, os analistas enxergam desafios à frente, incluindo o alinhamento entre a base de franqueados e a competição online.
O preço-alvo do BTG para a empresa é de R$ 33,00, um upside de 36,48% em relação aos níveis atuais.
Última cotação da CVC
A ação ordinária da CVC fechou o pregão de hoje em queda de 2,70%, a R$ 24,18.