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CVC (CVCB3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 252,1 milhões no 2T20

Apesar do cenário pandêmico, a geração de caixa operacional da CVC nos primeiros seis meses de 2020 atingiu R$ 916,1 milhões.

Apesar do cenário pandêmico, a geração de caixa operacional da CVC nos primeiros seis meses de 2020 atingiu R$ 916,1 milhões.

A CVC (CVCB3) registrou prejuízo líquido de R$ 252,1 milhões no segundo trimestre de 2020, frente a um lucro líquido proforma de R$ 98,5 milhões no mesmo período no ano passado. Segundo a operadora de viagens, as atividades no Brasil foram impactadas pela abrupta queda na receita líquida decorrente da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A receita líquida da CVC caiu 99,4%, em comparação com segundo trimestre de 2019, para R$ 3 milhões. O Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 155,3 milhões, comparado a um resultado positivo de R$ 197,3 milhões no mesmo período em 2019.

De acordo com o balanço, as despesas operacionais recorrentes da companhia recuaram 40% e totalizaram R$ 135 milhões.

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Apesar do cenário pandêmico, a geração de caixa operacional nos primeiros seis meses de 2020 atingiu R$ 916,1 milhões, em relação ao primeiro semestre de 2019 quando registrou R$ 119 milhões, “em função da postergação dos embarques já contratados e redução significativas das novas vendas”.

CVC no Brasil e na Argentina

As reservas totais da CVC no Brasil tiveram queda de 95,1% , totalizando R$ 174,8 milhões. “Essa queda é decorrente da desaceleração nos segmentos B2C (-98,5%) e B2B (-92,6%), decorrente da suspensão de viagens a partir de março de 2020″.

Por sua vez, as reservas confirmadas na Argentina somaram R$ 75,7 milhões, uma queda de 90,5%. A receita líquida no país ficou negativa em R$ 1,5 milhão. O Ebitda foi negativo em R$ 21,3 milhões e o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 2,1 milhões.

Os investimentos da CVC, concentrados no desenvolvimento tecnológico da operadora, totalizaram R$ 27,1 milhões, queda de aproximadamente 23,3%, “em decorrência da suspensão de investimentos não prioritários para a preservação do caixa da companhia durante a pandemia”.

Saúde financeira

Além dos resultados do trimestre, a CVC detalhou hoje sua saúde financeira. Segundo a empresa, de um endividamento total na ordem de R$ 2 bilhões, uma parcela de R$600 milhões vencem em novembro de 2020. No momento, a empresa está avaliando alternativas de captação ou rolagem da dívida.

Além disso, a empresa segue discutindo com os detentores de suas debêntures a obtenção de waiver para evitar o seu  vencimento antecipado. O saldo de caixa e de equivalentes de caixa em 15 de outubro de 2020 foi de  aproximadamente R$1,551 bilhão.

Vendas em setembro chegam a 37%

A CVC disse ainda que segue preparada para a retomada integral de suas operações, com 1200 lojas abertas nesta data e equipes trabalhando remotamente. Nos meses de abril, maio e junho de 2020, as vendas novas foram próximas a zero, mas vêm crescendo desde o início de julho. Ao final de setembro, a empresa atingiu 37% do volume de vendas do mesmo período do ano anterior.


De acordo com a companhia, 81% de seus hotéis parceiros estão reabertos. Considerando os bookings realizados em setembro de 2020, a empresa registrou 89% do volume de vendas no mesmo período de 2019.

As operações da CVC na Argentina têm tido uma recuperação mais lenta, com volume de vendas novas por volta de 10% no mês de setembro, comparado com o mesmo período do ano anterior.

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