CVC (CVCB3): perda estimada em erro contábil vai a R$ 350 milhões
A CVC (CVCB3) informou, na manhã desta terça-feira (7), que a perda estimada no erro contábil indentificado em fevereiro deste ano passou de R$ 250 milhões para R$ 350 milhões. A informação foi revelada por meio de um fato relevante.
Além disso, segundo a CVC, os erros contábeis incluem exercícios anteriores a 2015 até 2019. A empresa também estima que, em razão dos erros praticados, “possa ser possível recuperar cerca de R$ 55 milhões em tributos pagos indevidamente”.
Em 28 de fevereiro deste ano, a companhia encontrou indícios de erros na contabilização de valores transferidos a fornecedores de serviços turísticos, podendo causar um impacto de R$ 250 milhões em suas contas, no período entre 2015 e 2019.
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A operadora turística informou que “esses valores estimados e outros eventuais impactos dos potenciais erros contábeis serão confirmados ao final do processo de auditoria independentes e refletidos nas demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 2019”. A CVC deve divulgar o resultado de 2019 em 31 de julho deste ano.
CVC planeja capitalização e trabalha contra a Covid-19
No documento, a CVC salientou que está em vias de fechar uma operação de capitalização no valor de até R$ 1 bilhão. Para isso, a companhia diz entender que, para completar tal capitalização, é necessária a divulgação de informações atualizadas sobre o processo de revisão dos erros contábeis identificados no balanço dos últimos três meses do ano passado e do primeiro trimestre de 2020, os quais impediram suas publicações.
Além disso, a empresa informou que, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), reduziu os gastos mensais recorrentes com folha de pagamentos, tributos, investimentos em projetos e juros em R$ 52 milhões por mês no segundo trimestre deste ano.
De acordo com o comunicado desta segunda-feira, a redução das operações neste ano seguida da expectativa pela retomada das atividades indicam a possibilidade de recuperar certos ativos.
Isso leva à necessidade de provisionar uma baixa contábil no período entre janeiro e março deste ano, no valor de R$ 475 milhões referentes a intangíveis originados na aquisição de empresas e R$ 81 milhões referentes a créditos de tributos acumulados.
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Devido às restrições de circulação de pessoas, e a consequente queda do turismo, os cancelamentos e reembolsos impuseram à empresa um volume de perdas de R$ 96 milhões ao até o fim do primeiro semestre, além de perdas não recuperáveis de R$ 13 milhões e de R$ 3 milhões em operações de repatriações. A inadimplência no período trouxe uma perda de R$ 72 milhões.
Segundo a CVC, juntamente a isso devem ser consideradas as perdas relacionadas a créditos de utilização futura em hotéis, companhias aéreas e navios no valor de R$ 13 milhões. Também houve perdas de R$ 380 milhões de saldo junto a companhias aéreas referentes a bilhetes já pagos.