CVC (CVCB3) anuncia mudanças em alto escalão e ações caem no Ibovespa
A CVC (CVCB3) comunicou nesta segunda-feira (8) mudanças relativas aos cargos de diretor financeiro (CFO), relações com investidores (RI) e compliance. As ações da companhia lideram perdas nesta terça-feira (9) no Ibovespa.
No intradia, as ações CVCB3 caíam 3,37%, cotadas a R$ 2,58. No mês, os papéis da CVC caem 9,65% e no acumulado do ano, o recuo é de 25,14%.
Cotação CVCB3
Segundo a CVC, José Carlos Wollenweber deixa os cargos de diretor financeiro (CFO), de relações com investidores (RI), de governança corporativa e compliance. Para os cargos de CFO e RI, Wollenweber será substituído por Felipe Pinto Gomes, que tomará posse nos respectivos cargos no dia 1 de maio de 2024.
Já para o cargo em governança corporativa e compliance, Karin Regina Demarques Cruz tomou posse na segunda-feira (8).
Prejuízo da CVC (CVCB3) cai 23% no 4T23, para R$ 74,5 milhões, mas perdas aumentam no acumulado do ano
A CVC apresentou um prejuízo líquido de R$ 456,9 milhões — alta de 5,4% no comparativo com o ano anterior, segundo balanço de resultados divulgado no fim de março.
Nos últimos três meses do ano, no entanto, as perdas reduziram 23% — indo de 96,8 milhões no quarto trimestre de 2022 para um prejuízo de R$ 74,5 milhões.
A receita líquida da CVC apresentou um crescimento de 9,6% no trimestre ante ao mesmo período do ano anterior — a R$ 352,2 milhões. Segundo a administração, o resultado da CVC no 4T23 se deve ao aumento de vendas diretas ao consumidor (B2C) e a operação argentina. No ano, a linha do balanço cresceu 5,8% (R$ 1,2 bilhão).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) apresentou queda de 34,3% no trimestre. No ano, o recuo foi de 46,9%, a R$ 88 milhões.
Já o Ebitda ajustado, com desconto de despesas financeiras e eventos não recorrentes, a CVC mostrou recuperação. Entre 2022 e 2023, o crescimento foi de 165,8% — a R$ 193 mi.
CVC: dívida cai ante o 3T23
No release de resultados da CVC, a companhia exaltou o trabalho da nova gestão — com a volta da família fundadora Paulus como acionista estratégico. O ano foi marcado por mudanças na estrutura de capital, realização de um follow on que levantou R$ 550 milhões — acima das expectativas —, e uma estratégia focada na diversificação dos canais de atendimento digital e offline.
Com grande foco na sua reestruturação de capital ao longo do ano, a empresa viu a sua dívida líquida cair de R$ 224,9 milhões no comparativo com o terceiro trimestre — indo a R$ 414, 3 milhões.
Com relação às despesas operacionais, a companhia viu um crescimento de 25% no comparativo do 4T23 da CVC com o 4T22 — a R$ 297,9 milhões, com R$ 32,3 mi vindo de eventos não-recorrentes. Já as despesas gerais e administrativas tiveram queda de 28,7% entre outubro e dezembro.
Para a gestão da empresa, a redução se deve a melhorias estruturais e revisão de contratos feitos no período.
A companhia de turismo registrou um crescimento de 9,1% em suas reservas confirmadas nos últimos três meses do ano, empurrada pelas vendas realizadas ao longo da Black Friday. Em 2023, o índice foi de 10,4%.
Foco da administração nos últimos trimestre, a rede de lojas físicas da CVC seguiu crescendo — no 4T23, foram abertas 42 novas unidades, enquanto 26 foram encerradas.