A CVC (CVCB3) está prestes a impressionar o mercado com resultados sólidos no quarto semestre de 2023 (4T23), apostam os analistas do Itaú BBA em relatório enviado ao mercado nesta segunda-feira (4). Essa projeção foi feita depois do recente evento promovido pela empresa de viagens e turismo, no qual apresentou suas metas para este e o próximo ano.
Ao manter a recomendação de compra para as ações da CVC, com um preço-alvo de R$ 5,10, representando um potencial de alta de 48,7%, os analistas do BBA enfatizaram a consistência necessária nos resultados da CVC. O relatório destacou a expectativa da empresa em recuperar sua base de franquias para os níveis pré-pandemia, uma meta que capturou a atenção dos especialistas.
A empresa divulgará o resultado do 4T23 da CVC em 26 de março.
A CVC encerrou o terceiro trimestre de 2023 com 1038 lojas, uma redução de 362 unidades em comparação com o período pré-pandemia. Os estrategistas expressaram otimismo, prevendo a retomada para 1.400 lojas até o final de 2025.
O BBA diz que o evento revelou metas ambiciosas para este ano, com a companhia planejando abrir 290 novas lojas da CVC. Mais de 300 participantes demonstraram interesse em abrir franquias, tornando a meta considerada alcançável pelos especialistas do banco. A diversificação de lojas, incluindo tradicionais, “lojas luz” e quiosques em corredores de shopping, diz o banco, foi destacada como uma estratégia-chave para atingir essas metas.
Os analistas também elogiaram a estratégia digital da CVC, destacando a eficácia do uso do WhatsApp, com 30% dos clientes utilizando a plataforma durante as transações. A possibilidade de expansão da CVC para cidades menores, com custos de aluguel mais baixos, através da adoção de ferramentas digitais, foi destacada como um ponto positivo para o futuro da empresa.
CVC viu prejuízo aumentar 16% no 3T23
No encerramento do terceiro trimestre de 2023 (4T23), a CVC apresentou um prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões, conforme revelado nos dados divulgados em novembro do ano passado e destacados no balanço financeiro da empresa.
O resultado representa um aumento de 16,6% em comparação com o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 75 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 96 milhões, marcando um crescimento anual significativo de 34,3%. No entanto, sem ajustes, o Ebitda foi de R$ 19,7 milhões, refletindo uma queda de 61,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
As despesas gerais e administrativas apresentaram uma redução de 22,7%, totalizando R$ 172,6 milhões, enquanto as despesas de vendas registraram um aumento de 43%, atingindo o montante de R$ 84,7 milhões.
À época, a CVC reportou uma dívida líquida de R$ 639,2 milhões, indicando a posição financeira da empresa naquele período.