A CVC (CVCB3) demitiu 90 funcionários nesta segunda-feira (8). A informação foi publicada no blog do colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
De acordo com a informação recebida por Jardim, diversas áreas da companhia de viagens foram atingidas. O maior impacto, entretanto, foi na comunicação com a saída de Priscila Bures, diretora da área que estava na companhia há 17 anos.
Quando questionada pelo Suno Notícias, a CVC, através da assessoria, respondeu que as demissões eram parte do plano de uma readequação do quadro de funcionários.
“Dando continuidade ao plano de reestruturação divulgado pela nova gestão no momento do follow on da companhia, a CVC Corp informa que segue fazendo readequações em seu quadro de funcionários, que envolvem algumas posições em áreas específicas”, informou a agência de viagens.
Apesar das demissões, a companhia afirmou que está com vagas abertas em áreas do polo principal (core business), com 15 vagas abertas para trabalhar em Operações e mais de 30 vagas abertas na CVC Corp, disponíveis na plataforma Gupy. Há ainda mais de 500 vagas abertas para o Passaporte Franquia CVC, programa de empregabilidade para as lojas franqueadas CVC.
Cenário da CVC (CVCB3) para 2024
No último balanço divulgado pela companhia, no terceiro trimestre de 2023 (3T23), a CVC (CVCB3) somava um prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões, em comparação R$ 75 milhões no mesmo período do ano passado.
O valor líquido da dívida da CVC somava R$ 639,2 milhões até o encerramento do 3T23. Isso mostra um acréscimo de R$ 393,5 milhões em relação ao montante registrado ao final do mesmo trimestre de 2022.
A empresa de pacotes de viagem durante o período destinou parte relevante das despesas com iniciativas de marketing na tentativa de recuperar a preferência dos consumidores. Nesse movimento, queimou R$ 400 milhões de caixa, em linha com a deterioração da dinâmica do capital de giro.
De acordo com o Bank of America, a CVC no período estava apresentando múltiplas melhorias qualitativas, com aumento da taxa de aceitação e redução da estrutura de custos. Além disso, os analistas, reportaram otimismo com a recuperação, visto que a empresa tem capacidade de se beneficiar com o cenário complicado que rivais como 123 Milhas e Hurb enfrentam.
O diretor executivo da CVC (CVCB3), Fábio Godinho, também reforçou que o ambiente competitivo do turismo após 123 Milhas e Hurb deixarem o mercado abriu mais espaço para a empresa.
Segundo Godinho, a empresa pode sim se aproveitar desse momento. No entanto, ele chamou a atenção para o fato de que clientes destas outras plataformas estavam comprando produtos que não existem por preços que não existem. Ou seja: estariam lidando com uma clientela muito sensível ao preço, sem certeza de que a CVC consiga absorvê-la por completo.
Com informações do blog do colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.