Leonel Andrade renunciou ao cargo de CEO da CVC (CVCB3). Segundo informações divulgadas nesta quarta (24), a saída foi motivada por questões pessoais. Assim, o Conselho de Administração da empresa criou às pressas um comitê de transição para direcionar a companhia até a chegada do seu próximo líder.
“Foram três anos intensos, de muita dedicação e muitos negócios, no qual me apaixonei pela CVC Corp e a nossa gente. Me orgulho de ter liderado o melhor time de profissionais do turismo e ter contribuído para tornar a companhia mais sólida, sustentável e com uma forte cultura de governança”, disse Leonel Andrade em comunicado enviado pela CVC à imprensa.
Valdecyr Gomes, presidente do Conselho de Administração da CVC, ressaltou no comunicado que Andrade foi o responsável por uma intensa transformação organizacional na empresa.
Andrade está no comando da CVC desde março de 2020, início da pandemia. Ele fez parte do Conselho de Administração da BR Distribuidora, hoje Vibra Energia (VBBR3), e da Lojas Marisa (AMAR3). O executivo atuou como CEO da Smiles entre 2013 e 2019. Além disso, Andrade liderou a Credicard durante seis anos e foi diretor executivo de negócios da Visa, entre 1996 e 1998.
Em 2017 e 2016, o executivo foi eleito pela “Institutional Investor” como o melhor CEO de Serviços Financeiros da América Latina.
“Leonel Andrade concluiu importante etapa que lhe foi designada, tendo assumido a companhia no auge da pandemia e realizado, ao longo do período, intensa transformação organizacional, que culminou na digitalização dos negócios, com maior investimento da história em tecnologia, inovação, governança, pessoas e sustentabilidade, e redução do endividamento”, justifica a companhia.
Além do posto de CEO, Andrade atuava interinamente como CFO da companhia. O comitê de transição da CVC está sendo liderado por Sandoval Martins, um dos conselheiros da empresa.
As ações da CVC terminaram o pregão desta quarta (24) em queda de 7,57%, aos R$ 2,81.
Balanço da CVC no 1T23
De acordo com os dados do balanço da CVC do 1T23, o prejuízo líquido diminuiu 23,3% ante o que havia sido registrado no 1T22. Confira os principais números:
- Receita líquida: R$ 295,5 milhões (alta de 0,9% ante 1T22);
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 25,5 milhões (alta de 103,2% ante 1T22);
- Prejuízo líquido: R$ 128 milhões (queda de 23,3% ante 1T22);
“Nossas operações iniciaram 2023 com o melhor janeiro em vendas desde o início da pandemia e seguimos construtivos com os prognósticos de crescimento gradual das nossas operações, que permitirá maior alavancagem operacional e consequente geração de caixa“, apontaram os gestores da companhia no documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O ano de 2023 se mostra promissor para o turismo, com crescimento em passageiros transportados e de vendas com take rate dentro de intervalos mais normalizado, já se materializando nos próximos trimestres.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da CVC amargam uma desvalorização de 73,7%.