CVC (CVCB3) avalia comprar plataforma de viagens Ōner Travel
A CVC (CVCB3) anunciou nesta segunda-feira (19) que celebrou proposta para possível aquisição das operações do Brasil e de Portugal do grupo Ōner Travel.
De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa é uma startup exclusiva para empreendedores digitais que comercializam passagens aéreas e hospedagens.
A empresa diz que a possível aquisição está alinhada ao plano estratégico da CVC e “a aquisição possibilitará a adição de canais de distribuição até então não operados pela companhia, e agregaria forte cultura digital e de tecnologia”, afirma, em nota.
O documento também aponta que a proposta assinada concede à CVC o prazo de 60 dias de exclusividade para análises remanescentes, auditoria legal e financeira (incluindo, se necessária, a aprovação da transação pelas autoridades competentes.
O valor possível da transação não foi divulgado. “O valor da transação está ainda sujeito a determinadas ações/condições que serão concluídas neste prazo”, diz a CVC.
CVC teve prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões, queda de 46% no 2T22
A CVC (CVCB3) reportou prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), queda de 46% na comparação com o mesmo período de 2021. O Ebitda Ajustado de R$ 12,5 milhões de janeiro a março reverteu resultado negativo de R$ 63 milhões registrado um ano antes.
De acordo com o balanço do 2T22 da CVC, o prejuízo líquido foi reduzido devido à melhora do resultado operacional.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda da CVC, foi negativo em R$ 600 milhões, queda de 99,5% sobre os R$ 123,8 milhões negativos no 2T21. Já o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 15,5 milhões, diminuição de 88,2% no ano a ano.
A receita líquida avançou 133,5% e chegou a R$ 269,7 milhões. A companhia creditou o feito ao crescimento das reservas no 2T22, com a maior procura por viagens, após período de demanda reprimida, além de flexibilização de restrições para viagens internacionais, retomada de viagens de negócios (o que favoreceu particularmente a operação do B2B) e reaquecimento do setor de eventos corporativos e culturais.
O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 39,9 milhões, alta de 13,7% sobre o mesmo período do ano passado, elevado principalmente com o aumento da taxa Selic.
“O montante de antecipações de recebíveis do 2T22 foi de R$ 320,3 milhões inferior ao trimestre precedente, fruto da menor necessidade de caixa do período e sazonalidade usual do negócio. Os efeitos da capitalização do trimestre foram imateriais para o resultado financeiro, dado sua conclusão nos últimos dias do mês de junho”, aponta o balanço da CVC.
Em 31 de março, a dívida bruta da CVC somava R$ 890,6 milhões, redução frente ao trimestre anterior, decorrente da amortização em R$ 100,0 milhões da debênture CVCB15, realizada em 30 de junho.
Cotação da CVC
As ações da CVC subiram 2,64%, a cotadas a R$ 7,40. No ano, acumulam queda de 41,87%.