CVC (CVCB3): auditoria aponta ‘incerteza’ para continuidade operacional
A empresa responsável pela auditoria dos balanços da CVC (CVCB3), KPMG, informou no relatório referente ao primeiro trimestre deste ano da companhia de turismo que os número apontam para a “existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da companhia”.
O balançou auditado indicou um prejuízo de R$ 1,15 bilhão no primeiro trimestre de 2020, ao mesmo tempo em que o o passivo circulante nas posições controladora e consolidado excedeu o ativo circulante em R$ 349,8 milhões e R$ 203,4 milhões, respectivamente. A CVC ainda registrou um patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto) em R$ 180 milhões no período.
A companhia brasileira salientou que o segmento de viagens e turismo sofreu impactos significativos durante a pandemia, com reflexos nas atividades da empresas e suas controladas no âmbito da geração de receitas e caixa no curto prazo.
“O ano de 2020 trouxe logo em seus primeiros meses um enorme desafio – a pandemia de Covid-19. O desempenho da Companhia nos meses de janeiro e fevereiro estavam em linha com o cenário projetado para o ano, porém março chegou e com ele a enorme tempestade causada pela pandemia. Com impactos profundos na saúde pública e economia em escala global, a pandemia transformou a realidade em poucas semanas”, destacou a CVC.
S&P revisa rating da CVC para baixo
Além disso, a empresa de turismo informou que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou seu rating para “brCCC-”. A companhia brasileira ainda comunicou que a não divulgação das demonstrações financeiras relativas ao ano de 2019 nos prazos legais fez com que a administração da empresa apresentasse um pedido de perdão pelo não cumprimento da obrigação.
A empresa destacou que planeja realizar um aumento de capital e negociação junto aos debenturistas para repactuação dos vencimentos previstos para 2020.
Às 15h26 desta quinta-feira (1), as ações da CVC listadas na bolsa de valores brasileira, a B3, registravam uma queda de 2,73%, negociadas a R$ 15,69.