A CVC (CVCB3) informou nesta quinta (25) que firmou um acordo de intenção para futura cooperação comercial com a espanhola Ávoris Corporación Empresarial.
O acordo da CVC prevê a implementação de um grupo de estudo para potencial colaboração comercial com intuito de alavancar sinergias comerciais.
Segundo comunicado da companhia, uma futura parceria da CVC com a Ávoris proporcionará maior presença global para as empresas, com alcance local em seus mercados de atuação.
A Ávoris é grupo líder de turismo integrado na Espanha, especializado na comercialização de viagens de lazer e faz parte do grupo Barceló.
CVC: analistas recomendam compra e veem ação “pronta para decolar”
O Itaú BBA iniciou a cobertura de ações da CVC (CVCB3) com recomendação outperform, equivalente à compra, e preço-alvo de R$ 5,10. Para o BBA, é esperado que o mercado revise suas estimativas de ganhos à medida que a empresa entrega resultados promissores com o processo de reestruturação interna.
“Considerando o fraco desempenho das ações da CVC (queda de 12% no último mês e 27% nos últimos 12 meses), acreditamos que este seja um bom ponto de entrada para aproveitar a recuperação, embora esperemos que a empresa comece a relatar um lucro consolidado positivo somente no segundo semestre de 2024”, afirma o BBA.
Os analistas citam que, apesar do cenário macroeconômico incerto, vê um “céu claro à frente” para a CVC e para o setor de turismo, que tem se aproximado dos níveis pré-pandêmicos a cada trimestre.
Como principais vantagens competitivas da CVC, o BBA cita a capilaridade e seu modelo multicanal no Brasil, possuindo mais de 1.088 lojas, além de uma rede independente de 8 mil agentes de viagens. “A posição de liderança da CVC no Brasil e a segunda posição na Argentina destacam sua escala, permitindo que a empresa ofereça aos clientes destinos novos a preços acessíveis.”
Além disso, os analistas detalham que a CVC não possui quartos de hotel ou aviões, portanto, o risco de inventário é praticamente inexistente. Em um mercado normalizado, o BBA estima que o ROIC (retorno sobre capital investido) da empresa poderia ser superior a 30% nos próximos anos.
A casa ainda ressalta que a estrutura de capital da CVC está equalizada, com uma provável redução de alavancagem em 2025, com 90% da dívida sendo de longo prazo.
Em relação aos riscos, os analistas citam uma previsão de menor expansão de capacidade por parte das companhias aéreas, o que torna os bilhetes mais caros e afeta a demanda.
Neste contexto, o BBA estima que os papéis da CVC apresentam potencial de valorização de 54% em relação ao preço atual.
Com Estadão Conteúdo