As ações da CVC (CVCB3) destacam-se negativamente no Ibovespa hoje desta quarta (10). Mas os papéis, que chegaram a ciar 4%, se recuperaram e fecharam negociados em alta de 1,25%, a R$ 3,23. O movimento ocorre após a apresentação do balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23), em que a operação da empresa do setor de turismo fechou com um prejuízo líquido de R$ 128 milhões.
De acordo com os dados do balanço da CVC do 1T23, o prejuízo líquido diminuiu 23,3% ante o que havia sido registrado no 1T22. Confira os principais números:
- Receita líquida: R$ 295,5 milhões (alta de 0,9% ante 1T22);
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 25,5 milhões (alta de 103,2% ante 1T22);
- Prejuízo líquido: R$ 128 milhões (queda de 23,3% ante 1T22);
“Nossas operações iniciaram 2023 com o melhor janeiro em vendas desde o início da pandemia e seguimos construtivos com os prognósticos de crescimento gradual das nossas operações, que permitirá maior alavancagem operacional e consequente geração de caixa“, apontaram os gestores da companhia no documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O ano de 2023 se mostra promissor para o turismo, com crescimento em passageiros transportados e de vendas com take rate dentro de intervalos mais normalizado, já se materializando nos próximos trimestres.
Ações da CVC e números do 1T23
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da CVC apresentam uma desvalorização de 72,95%. Confira o gráfico:
Cotação CVCB3
O Santander trabalha com recomendação neutra no papel, com o preço-alvo de R$ 4,50. Na visão dos analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, a empresa apresentou números abaixo do esperado — a estimativa do Santander era de que o prejuízo fosse de R$ 52 milhões.
“Embora a evolução de reservas continue, o nível de take-rate pressionado foi o ponto baixo dos resultados. A CVC apresentou um consumo de caixa de cerca de R$ 290 milhões no 1T23, devido ao desemprenho operacional pouco inspirador e à dinâmica de capital de giro pressionada”, analisam os especialistas do Santander.