A Cury (CURY3) informou, na noite da última segunda-feira (21), que o Itaú Unibanco (ITUB4) aumentou sua participação acionária na empresa através de seus fundos de investimento. De acordo com o comunicado, o banco agora detém 17.990.000 ações da incorporadora recém listada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Dessa forma, os fundos de investimento, geridos pelo Itaú no âmbito da atividade de asset management, de forma conjunta possuem cerca de 6,16% do capital da Cury, o equivalente a R$ 168,10 milhões.
O Itaú ressaltou, em sua carta à Cury, que “tal participação não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa” da incorporadora, fazendo com que a participação acionária relevante tenha um viés de investimento.
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A Cury também informou que o fundo de investimento Brasil Capital elevou sua participação na empresa para 5,50%, equivalente a 16.040.000. Essa fatia é proporcional a R$ 150,09 milhões. O fundo de investimento também salientou que “a participação mencionada se trata de investimento minoritário e não tem por objetivo alterar a administração, composição do controle ou funcionamento da companhia”.
Cury estreia na B3 em alta
A Cury realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na última segunda-feira (21). Em seu primeiro dia de negociações na B3, as ações da empresa fecharam em alta de 1,1%, a R$ 9,46. Na última sexta-feira (18), a incorporadora havia fixado o preço por ação em R$ 9,35, abaixo da faixa indicativa do prospecto da oferta.
A empresa movimentou R$ 977,5 milhões com a oferta, sendo que R$ 170 milhões irão diretamente para o caixa da empresa, oriundos da emissão de ações primárias. Os vendedores na operação, compondo a oferta de ações secundárias, são os executivos Fabio Cury, Paulo Curi e Leonardo Cruz, além da controladora Cyrela (CYRE3).
A Cury é uma subsidiária da Cyrela e é voltada a empreendimentos residenciais focados na baixa renda. Foi fundada em 1963 e passou a ser chamada, em 2007, de Cury Construtora e Incorporadora, resultado de uma joint-venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos.
Segundo o prospecto da Cury, que atua majoritariamente em São Paulo e Rio de Janeiro, o lucro líquido de 2019 foi de R$ 204,05 milhões, frente a R$ 176,01 milhões registrados em 2018 e R$ 128,77 milhões em 2017. A companhia espera utilizar os recursos líquidos do IPO para adquirir novos terrenos.
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