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Cury (CURY3) projeta maior flexibilidade com nova faixa do Minha Casa Minha Vida

Cury (CURY3): vendas crescem 43,9% no 1T24 e atingem recorde histórico

Cury (CURY3). Foto: Divulgação

O vice-presidente comercial da Cury (CURY3), Leonardo Mesquita, acredita que a ampliação do programa Minha Casa Minha Vida ajudará a dar mais flexibilidade para a construtora no desenvolvimento de novos projetos.

A construtora já trabalha com empreendimentos nas faixas 2 e 3 do programa, em que os apartamentos custam até R$ 350 mil. Esses negócios responderam por 70% dos lançamentos da empresa em 2024. Os demais 30% já foram, na maioria, residenciais de até R$ 500 mil, o que os colocaria dentro da recém-criada faixa 4.

“Em 2024, 70% das unidades lançadas pela Cury foram enquadradas no Minha Casa Minha Vida. Já com a criação da nova faixa, esse patamar seria de 95%”, aponta Mesquita.

A Cury prefere não cravar o porcentual dos lançamentos em cada faixa. Até porque o governo anunciou que permitirá que famílias das faixas 3 possam acessar imóveis da faixa 4. Segundo Mesquita, a principal oportunidade para a empresa com a nova faixa será o ganho de liquidez, uma vez que a população da faixa 4 poderá ter acesso a um financiamento com taxa menor que a atual, o que favorece a decisão de compra.

Outra vantagem será a flexibilidade para reajustar os preços de imóveis que já estavam perto do teto da faixa 3. Até então, subir o preço acima de R$ 350 mil tinha um peso muito grande, pois os clientes perdiam acesso ao financiamento com juros subsidiados e reduzidos. “É possível aumentar o preço porque o juro entre as faixas não vai mais ter uma diferença tão gritante”, observou.

Mesquita ponderou ainda que o volume dos lançamentos da Cury na faixa 4 vai depender da garantia de perenidade dessa nova fonte de recursos. “Tendo confirmação do funding, poderemos nos planejar melhor. Até então, vamos buscar tirar proveito do que já temos na mão”, ressaltou.

Cury de olho: contratações da nova faixa começam em maio

As contratações da recém-criada faixa 4 do Minha Casa Minha Vida vão começar na primeira quinzena de maio e devem ser capazes de atender 120 mil famílias por ano, segundo informou o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. Ele declarou que o orçamento já está praticamente garantido até o fim do ano que vem.

O programa foi ampliado para atender famílias da classe média que ganham entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. A nova linha terá financiamentos de até 420 meses, com taxa de juros de 10,50% ao ano, para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil. Até então, o programa abrangia famílias com renda de até R$ 8 mil e imóveis de até R$ 350 mil.

A iniciativa busca suprir a carência de financiamento para a população de classe média, historicamente atendida por linhas de crédito cujos recursos saem das cadernetas de poupança. No entanto, as taxas de juros vêm subindo nos últimos meses, ficando em torno de 12% ao ano, algo que dificulta o fechamento de negócios.

Com Estadão Conteúdo

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