CSN registra lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no 2T19, alta de 59%

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou seu balanço do segundo trimestre deste ano. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,894 bilhão, uma expansão de 59% em comparação com o de mesmo período no ano anterior.

Quando comparado com o lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, de R$ 87 milhões, o crescimento é equivalente a 2083%. Conforme a CSN esse aumento é “principalmente em função da reversão da provisão de IR/CS diferido em linha com a perspectiva de rentabilidade futura em aproximadamente R$ 1.615 milhões”.

“No 2T19, confirmou-se a percepção de um equilíbrio apertado de oferta e demanda. Enquanto a produção siderúrgica chinesa seguiu acelerando com crescimento trimestral de 14%, a oferta já comprometida após o acidente em Brumadinho foi fortemente impactada por chuvas no Norte do Brasil e por um ciclone na Austrália”, informou a nota divulgada.

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Resultados da CSN

A receita líquida totalizou R$ 6.901 bilhões, alta de 21% quando comparado com o mesmo período no ano anterior. “O forte crescimento se deu principalmente pela melhora no desempenho da mineração”.

O Ebtida ajustado alcançou o recorde de R$ 2.380 milhões, incremento de 68% contra o ano anterior. Sem ajustes, o Ebtida registrou R$ 1,465 milhão, queda de 21% com base anual.

No segundo trimestre as despesas líquidas totalizaram valor negativo de R$ 802 milhões. Conforme a empresa esse resultado é “advindo principalmente de itens não caixa”, como:

Os investimentos totalizaram R$ 461 milhões, aumento de 47% comparado com o primeiro trimestre.

“Investimentos relacionados à parada programada do Alto Forno #3 na Siderurgia e às plantas de filtragem de rejeitos na Mineração, que proporcionarão ganhos de eficiência na produção de aço e processamento de 100% da produção sem necessidade de utilização de barragens no final de 2019”, informou a CSN.

Confira Também: CSN vê receita crescer, mas lucro da empresa recua no 1T19

Para o cálculo do Capital de Giro, a CSN realiza ajustes em relação aos valores registrados nos seus Ativos e Passivos,conforme abaixo:

  •  Contas a Receber: Não considera Dividendos a Receber, Débitos de Empregados e outros Créditos;
  •  Estoques: Considera o item Perdas Estimadas e exclui o item Almoxarifado;
  •  Antecipação de Impostos: Composto apenas pela parcela de IR/CSLL dentro da Conta Tributos a Recuperar;
  • Tributos a Recolher: Considera Tributos Parcelados;
  •  Adiantamento de Clientes: Subconta do grupo de Outras Obrigações classificado no Passivo Circulante.
  • Não considera a entrada do adiantamento da Glencore;
  • Fornecedores: Inclui as operações de Risco Sacado

Dessa forma, o Capital de Giro aplicado ao negócio totalizou R$3.425 milhões no 2T19, aumento de R$ 466 milhões em relação ao 2T18, “em virtude de elevações temporárias em estoques e contas a receber “, informou a companhia.

A dívida líquida da CSN atingiu R$ 26.641 milhões. “A evolução do envidamento no trimestre foi pontualmente afetada pela distribuição de R$  1.151 milhões em dividendo”.

Poliana Santos

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