Em fato relevante divulgado nesta segunda-feira (15), a Companhia Siderúrgica Nacional, ou CSN (CSNA3) informou que concluiu a aquisição de ações de emissão da Panatlântica (PATI3), representativas de 18,61% do seu capital social, por R$ 150 milhões.
Segundo a CSN, o montante será pago em seis parcelas anuais, sendo que o primeiro pagamento já ocorreu no mesmo dia. A aquisição foi anunciada no final de outubro do ano passado.
Em decorrência da operação, a CSN passa a deter 29,91% do capital social da Panatlântica. A empresa informou ainda que foi celebrado um acordo de acionistas da Panatlântica entre a CSN e L.P Aços Participações.
“A operação é parte da estratégia da CSN em avançar na cadeia de valor no segmento de siderurgia, aumentando sua competitividade por meio do reforço de seus canais de distribuição e níveis de serviços aos clientes finais”, informou a companhia.
CSN (CSNA3) nega realização de estudos sobre potencial venda da CSN Mineração (CMIN3)
No último dia 23 de dezembro, a CSN negou que esteja realizando um estudo sobre uma potencial venda de 30% da CSN Mineração (CMIN3). Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explicou algumas questões que envolveram o CSN Day, ocorrido no dia 14 de dezembro, e o comunicado ao mercado divulgado no mesmo dia.
“No que se refere à possibilidade de venda de 30% da CSN Mineração S.A. não há até o momento qualquer estudo sendo realizado internamente tendo por objeto referida possível operação, ou sequer aprovação societária, não se tratando de fato relevante. Além disso, durante a teleconferência foi esclarecido expressamente não haver intenção em realizar a venda de 30% da CSN Mineração S.A., configurando-se apenas como uma hipótese de liquidez, sem prejuízo de a companhia explorar oportunidades estratégicas”, afirma.
A companhia disse que não há nenhuma atualização às projeções (guidance) em relação ao fato relevante publicado no dia 14 de dezembro, pouco antes da teleconferência com investidores.
A empresa também afirma que a fala do Diretor Comercial, Luis Martinez, de que o crescimento da companhia “deve chegar a 10%” diz respeito a “estimativas pessoais do executivo, baseadas em métricas gerenciais simplificadas que a companhia não utiliza em suas divulgações para o mercado”.
No que diz respeito à possibilidade de a companhia dobrar de tamanho nos próximos 4 anos, a companhia diz que o fato relevante com novas projeções já continha um estudo de sensibilidade informando que “a depender das variáveis, a CSN poderia atingir Ebitda de até R$ 37,6 bilhões em 2028, ou seja, mais do que dobrando em relação aos últimos 12 meses”.
Sobre comentário no Investor Day de que o grupo deve realizar cinco IPOs no médio e longo prazos, a empresa afirma que tal informação já havia sido compartilhada no CSN Day de 2022 e está em linha com a estratégia já implementada com o IPO da CSN Mineração, “sem qualquer concretude que justifique a divulgação de fato Relevante”.
Quanto às estimativas de sinergias (R$ 360 milhões em 2023 e R$ 500 milhões em 2024), que haviam sido divulgadas em comunicado ao mercado do dia 14 de dezembro, a empresa diz que “trata-se de resultado alcançado predominantemente em 2023”.
A companhia afirma ainda que as estimativas se baseiam em cálculos gerenciais, sem acompanhamento possível através dos demonstrativos financeiros da companhia, “portanto, não sendo viável a construção de guidance“.
“Além disso, a própria sinergia com a aquisição da Lafarge já se encontra abarcada nas projeções de Ebitda para o segmento de Cimentos divulgadas no fato relevante publicado no dia 14”, diz a CSN.
Desempenho das ações da CSN
Cotação CSNA3
*Com informações de Estadão Conteúdo