CSN (CSNA3): o que muda após venda de fatia da mineradora?
O conselho de administração da CSN (CSNA3) aprovou proposta não vinculante com a japonesa Itochu Corporation para a venda de uma participação minoritária de até 11% da CSN Mineração (CMIN3). A seguir, veja como analistas avaliam a transação.
A venda de fatia da CSN Mineração será feita por um preço por ação de R$ 7,50, prêmio de 26,9% frente ao fechamento de quarta-feira (16). A Itochu vai desembolsar cerca de R$ 4,538 bilhões na transação.
A empresa japonesa já detém 9,26% da mineradora, sendo assim a maior acionista da companhia depois da própria CSNA3.
Em relatório, o Itaú BBA afirma que a transação está alinhada com os esforços da siderúrgica para reduzir a sua alavancagem.
“Se a transação for concluída aos preços atuais de mercado, uma participação de 11% da CSN Mineração vale cerca de R$ 3,6 bilhões, o que poderia resultar em uma redução da dívida líquida/EBITDA de aproximadamente 0,3x. Como referência, a alavancagem da CSN era de 3,36x ao final do 2T24, em comparação com a meta da empresa de cerca de 2,5x”, diz o relatório.
O BBA também chama a atenção para o fato de que a CMIN possui um pipeline significativo de desembolsos de capex relacionados aos seus projetos de expansão (cerca de R$ 15 bilhões entre 2024-2029) e já completou aproximadamente 53% de seu programa de recompra de 100 milhões de ações CMIN3.
O Safra é outra casa que tem uma visão positiva sobre a negociação e destaca a questão da alavancagem da CSN como ponto importante.
“Recebemos positivamente o fato de que a empresa conseguiu assegurar a venda com avaliações tão premium, com a CSN Mineração (CMIN3) sendo negociada a 6,2x o EBITDA estimado para 2025 (um prêmio de 78% em relação à Vale), dizem os analistas.
Nesta quarta-feira (16), dia em que saíram as notícias sobre a negociação, a CSN (CSNA3) fechou a sessão em alta de 2,23%, cotada a R$ 11,81. Já a mineradora (CMIN3) teve queda de 0,67% a R$ 6.