A CSN (CSNA3) divulgou no fim da noite desta segunda-feira (22) seus resultados do quarto trimestre de 2020. A siderúrgica apresentou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no período, mais do que o triplo do R$ 1,13 bilhão registrado no mesmo período em 2019. No consolidado do ano, esse número foi de R$ 4,29 bilhões, crescimento de cerca de 91%.
A receita líquida da CSN atingiu R$ 9,8 bilhões no intervalo de outubro a dezembro, crescendo 12% na base anual. No consolidado do ano o avanço foi de 18%, atingindo R$ 30 bilhões. O Ebitda ajustado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização retirando efeitos não recorrentes, atingiu R$ 4,738 bilhões no quarto trimestre, resultado recorde para um trimestre.
A venda de aço no quarto trimestre foi de 1,229 milhão de toneladas, crescimento de 10% na base anual. Em 2020, foram 4,6 milhões de toneladas comercializadas, volume 3% maior do que em 2019. Já a venda de minério nos últimos três meses do ano recuou 16% na base anual, para 8,6 milhões de toneladas, e 19% no consolidado do ano, para 31 milhões de toneladas.
Com a venda de aço avançando pouco e a de minério retrocedendo, os avanços no lucro, receita e EBITDA da CSN se explicam, majoritariamente, pela maior margem Ebitda. No quarto trimestre de 2020 esse índice foi de 47%, contra 23,6% no mesmo período de 2019. Em 2020, a margem Ebitda média foi de 37%, ante 27,6% em 2019.
Essa margem cresceu com a CSN reduzindo suas despesas: os gastos gerais, administrativos e com vendas totalizaram R$ 2,5 bilhões, número 12% menor do que em 2019 – destaque para o menor gasto com frete, que fez o custo das vendas recuar 14,4% no ano. Houve também menor gasto com investimentos, que totalizaram R$ 1,6 bilhão no ano, recuando na comparação com 2019, quando esse número foi de R$ 2,2 bilhões.
O preço do minério, que teve um forte boom no final de 2020, ajudou também a puxar a outra ponta, com o avanço tendo forte influência do preço da commodity. A receita da divisão foi de R$ 4,5 bilhões no último trimestre do ano, alta de 78% na comparação com o mesmo período de 2019.
CSN quer diminuir a alavancagem consideravelmente
A CSN conseguiu diminuir a sua alavancagem, medida pela relação da dívida líquida com o Ebitda, para o menor nível em dez anos para 2,23 vezes.
Além do avanço do Ebtida, a dívida também saiu de R$ 30,6 bilhões no terceiro trimestre para R$ 25,6 bilhões no quarto trimestre.
Para 2021, a siderúrgica ainda atualizou sua projeção de alavancagem para uma vez, com uma dívida líquida em R$ 15 bilhões – anteriormente, a companhia projetava apenas que diminuiria sua alavancagem pra menos de 2 vezes.
“No quarto trimestre de 2020, a companhia realizou emissão de títulos de dívida no mercado de capitais por meio da reabertura dos Bonds com vencimento em 2028, no valor de US$ 310 milhões, além de amortizações de dívidas totalizando R$ 1,129 bilhão. O reforço de liquidez auxiliará a companhia na conclusão de suas negociações para um reperfilamento dos vencimentos de suas dívidas”, afirma a CSN.