CSN (CSNA3) negocia compra de produtora de cimento paraibana, diz coluna

Após realizar a oferta pública inicial (IPO) de ações da CSN Mineração (CMIN3), Benjamin Steinbruch, diretor executivo (CEO) da CSN (CSNA3), estaria se movimentando agora para encorpar o braço de cimentos da companhia antes de levá-lo à bolsa. Segundo informações do jornal O Globo, a siderúrgica está de olho na Elizabeth, cimenteira paraibana.

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A movimentação da CSN, se finalizada, pode chegar a um valor de US$ 350 milhões. Atualmente, a Elizabeth Cimentos está sob controle do fundo Farallon Capital, credor de uma dívida de mais de R$ 1 bilhão emitida pelos antigos detentores.

Anteriormente, no começo de maio, a CSN já havia declarado que quer toda a estrutura da LafargeHolcim no Brasil. A companhia franco-suíça anunciou que deixaria o mercado nacional há algumas semanas. A multinacional tem dez fábricas no Brasil.

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CSN se movimenta para fazer IPO de seu braço de cimentos

O conselho de administração da CSN autorizou, no fim de abril, um estudo sobre a realização do IPO da sua cimenteira, que conta com a ajuda de assessores financeiros e jurídicos. A companhia siderúrgica procura alienar parte de mais um dos seus negócios, como fez com o braço de mineração, para reforçar o caixa e melhorar seu balanço.

Antes da estreia, a CSN quer aumentar sua fatia no mercado de cimentos – atualmente em 5%. A LafargeHolcim tem, por exemplo, uma participação de 10% do mercado e é avaliada em mais de US$ 1,4 bilhão.

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A companhia de Steinbruch, porém, deve enfrentar concorrência na disputa pelos ativos: a InterCement, segunda maior produtora de cimentos do Brasil, com uma fatia de 16% do mercado (atrás apenas da Votorantim, com 35%), afirmou que deve participar da concorrência pelos ativos da Lafarge. Antes disso, a InterCement deverá melhorar sua estrutura de capital e acertar dívidas.

A CSN, recentemente, vem conseguindo diminuir suas dívidas e reduzir sua alavancagem, o que a coloca em uma melhor situação para disputar por ativos. Steibruch, entretanto, afirmou esperar um desconto “agressivo” na aquisição dos ativos.

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Vitor Azevedo

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