A CSN (CSNA3) reportou nesta terça-feira (28) um lucro líquido de R$ 446 milhões referente ao segundo trimestre de 2020, uma queda de 76,4% ante R$ 1.894 bilhão obtido no mesmo período de 2019.
O resultado financeiro ficou em R$ 285 milhões devido ao custo da dívida de R$536 milhões, parcialmente compensado pela valorização das ações da Usiminas (USIM5), que a CSN possui. Os papéis da empresa geraram lucro sem efeito caixa de R$523 milhões, assim como receitas financeiras oriundas de créditos indenizatórios.
Ao mesmo tempo, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado entre os meses de abril e junho atingiu R$ 1,925 bilhão, frente ao R$ 1,331 bilhão registrado no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com a companhia siderúrgica, o resultado é consequência da recuperação dos volumes de vendas de minério de ferro, bem como de reflexos positivos na logística e de bons números da Siderurgia e Cimento. A margem Ebitda ajustada da companhia, por sua vez, chegou a 29, 7%, equivalente a uma alta de 5,6 pontos percentuais na comparação trimestral.
No mesmo sentido, a receita líquida da CSN cresceu 17% na mesma relação, atingindo R$ 6,221 bilhões no segundo trimestre. Na comparação anualizada, no entanto, o indicador registrou uma queda de 10%.
Vendas totais da CSN caem 12% no 2T20
A companhia siderúrgica ainda informou que as vendas totais no período ficaram em 1.003 mil toneladas, 12% abaixo na relação trimestral. O resultado ocorreu em função da desaceleração do mercado interno devido à pandemia do novo coronavírus.
Além disso, o custo dos produtos vendidos totalizou R$ 4,378 bilhões, um aumento 9% em relação ao primeiro trimestre de 2020. A margem bruta também cresceu, em 4,9 pontos percentuais na mesma comparação, para 29, 6%, em razão da melhora de preços dos produtos siderúrgicos e recuperação das margens em logística e cimentos.
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As despesas com vendas, gerais e administrativas da CSN somaram R$ 515 milhões, um alta de 3%. As despesas com vendas subiram 2,3% no período, enquanto as despesas gerais e administrativas cresceram 6,3% na comparação trimestral, para 1,9 ponto percentual da receita líquida.