Herdeira de holding da CSN (CSNA3) estuda venda de sua participação, diz jornal
A viúva de Fábio Steinbruch, Fabiane, avalia vender sua participação na holding CFL – que controla a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) – segundo apuração feita pelo jornal Valor Econômico. Demoraram cerca de cinco anos para que Fabiane tivesse seus direitos reconhecidos na herança de seu marido. Fábio era primo do presidente da CSN.
A sua fatia corresponde a 17% da empresa gestora de participações e, somente a participação na CSN, de 3%, é avaliada em US$ 400 milhões, dada a recente alta nos preços do minério de ferro.
As fontes ouvidas pelo jornal apontam que não há acordo que obrigue Fabiane a dar direito de preferência para seus cunhados ao vender sua fatia na empresa. Dentre as participações, além da CSN, estão inclusas fatias acionárias da Vicunha Têxtil, do Banco Fibra, e de outros negócios da família, dona de propriedades agrícolas.
Ao mesmo tempo, pessoas vinculadas às holdings CFL e Rio Purus relataram que não foram informados acerca do movimento de venda, questionando como pode ser o rearranjo societário após a deixa de Fabiane. Tanto a CFL quando Fabiane declinaram dar entrevista.
Outra fonte ouvida ressaltou que a CFL é uma sociedade anônima e, em decorrência disso, a saída de um dos sócios não implica necessariamente na dissolução da empresa.
A herdeira ainda está em decisão e avalia propostas, mas não descarta se desfazer da sua participação na CFL. Vale ressaltar que os irmão de Fábio, Clarice e Léo Steinbruch, também possuem participação na companhia.
Tese defendida pelos irmãos daria somente R$ 20 milhões à Fabiane
Ambos os irmãos de Fábio, na justiça, defenderam a tese de que Fabiane só teria direito a R$ 20 milhões deixados no testamento, sem direito às participações na CFL e, consequentemente, na CSN. A tese foi rejeitada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fábio faleceu em 2012, em um acidente de moto, sem deixar filhos. Fabiane é ex-funcionária do Banco Fibra e se casou com Fábio em 2006, com regime de separação de bens.
Cotação de CSN
Atualmente, às 11h30 do pregão desta sexta-feira (31), as ações da CSN têm alta de 1,41%, ficando em R$ 45,27.