As ações da CSN (CSNA3) dispararam 9% no pregão desta terça-feira (18), motivadas por uma vitória em uma causa judicial bilionária.
A decisão foi um voto de minerva de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deu ganho de causa à CSN ante o grupo ítalo-argentino Ternium.
Com isso, a terceira turma do STJ reconheceu a vitória em uma questão referente à entrada no quadro societário da Usiminas (USIM5).
Em meados de 2011 o grupo ítalo-argentino havia comprado 27,7% da Usiminas – o que motivou uma judicialização por parte da CSNA3, que pediu um tag along.
O entendimento do STJ foi de que o tag along era necessário pois, com a entrada de um novo acionista, houve um novo pacto entre os acionistas majoritários, com reformulação do bloco de controle da Usiminas.
“Essa abrupta mudança no comando da empresa — inclusive, motivo de publicação de fato relevante – é a circunstância que enseja a aplicação do direito de venda conjunta, tag along, ou de retirada, cujo escopo primordial é de proteger os acionistas minoritários quando se deparam com relevante alteração no rumo gerencial da companhia”, disse em seu voto o ministro Antônio Carlos Ferreira, que desempatou o julgamento.
“E também, sob outro enfoque, permitir que tome parte do prêmio de controle cujo pagamento revela o sucesso da sociedade para o qual igualmente participaram com o seu investimento”, completou.
Cotação das ações da CSN
As ações da CSN, apesar da alta de 9% desta terça (18) seguem o acumulado de 2024 no negativo, com uma desvalorização de 33% desde o começo do ano até então.