CSN (CSNA3) contraria índice e sobe 2,6% antes do balanço
As ações da CSN (CSNA3) abriram o pregão desta quinta-feira (15) em forte alta, contrariando o Ibovespa que opera em baixa. Os papéis da companhia siderúrgica, por volta das 11h, subiam 2,83%, sendo negociados a R$ 18,92, ao passo que o maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) caía 0,87%.
A CSN abrirá a temporada de balanços corporativos referentes ao terceiro trimestre deste ano, divulgando seus resultados corporativos do período entre julho e setembro após o fechamento do mercado desta quinta-feira. Segundo os analistas do banco Safra, a companhia, embalada pelo aumento dos preços e volumes em mineração e siderurgia, deverá apresentar bons números.
“A empresa deve continuar a se beneficiar de um mercado de minério de ferro resiliente e um ambiente doméstico favorável para o aço, com volumes em expansão e melhores preços”, disseram Conrado Vegner e Victor Chen, analistas da instituição, em relatório divulgado na última quarta-feira (14).
Os preços praticados no minério de ferro devem vir 17% mais altos no trimestre. As exportações da commodity devem mostrar um avanço de 14%, atingindo um volume de 8,8 milhões de toneladas. Já no que se refere aos volumes de aço, os analistas projetam um crescimento de 10% no trimestre, estimulado pelas vendas domésticas.
“Prevemos que os preços sejam 5% superiores aos do segundo trimestre, refletindo parcialmente os aumentos que foram implementados a partir de julho”, avaliam os especialistas. O Safra tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17,60 à ação da CSN.
Enquanto a siderúrgica avança no pregão de hoje, os players do mesmo setor derrapam e operam no vermelho. Ao passo que a Gerdau (GGBR4) recua 1,22%, a Usiminas (USIM5) cai 0,29% e Vale (VALE3), 1,1%, puxando o Ibovespa para baixo.
Credit Suisse também mostra-se otimista com a CSN
No fim do mês passado, o Credit Suisse também demonstrou seu otimismo com os papéis da CSN, levando a recomendação de neutra para compra, aumentando o preço-alvo das ações. Os analistas da instituição destacam a valorização do minério de ferro em 2020 em razão da redução da oferta brasileira no mercado internacional, além da recuperação da demanda por aço, sobretudo na China.
Os preços da commodity apresentam uma alta de mais de 22% desde o início do ano; atualmente, a tonelada de minério está cotada a US$ 120 no mercado futuro. Segundo o banco, mesmo que a Vale, maior produtora de minério de ferro do planeta, eleve sua oferta no mercado a partir do ano que vem, a demanda asiática deve sustentar os preços em alta até 2022.
O Credit Suisse espera que a CSN registre um rendimento de fluxo de caixa livre, isto é, retorno sobre o capital próprio, de 19% em 2021. Com o aumento da cotação do minério, a companhia deve repassar os preços aos clientes, já tendo realizado um reajuste de 10% em setembro e deverá fazer outro, de 13%, neste mês.