CSN (CSNA3): aumento de produção depende de IPO de subsidiária, diz BB
Após o encontro anual da CSN (CSNA3) com analistas e investidores, o BB Investimentos manteve a recomendação para os papéis da companhia em neutra e o preço-alvo para 2021 em R$ 26, levando em consideração que os projetos de expansão e de inovação da companhia dependem muito do IPO da CSN Mineração e também da abertura de capital segmento de cimentos, ambos previstos para 2021.
Para o analista do BB Investimentos Victor Penna, o processo de redução da alavancagem da companhia, ou seja, de redução da dívida líquida, é essencial para que a CSN consiga tirar seus projetos do papel e, por isso, deve ser acompanhado de perto pelo mercado.
Ele destaca que o preço-alvo estipulado pelo BB Investimentos não leva em conta o alcance por parte da CSN Mineração de uma produção de até 108 Mtpa até 2032.
Entretanto, a recomendação do banco para a CSN foi mantida em neutra, e não em venda, uma vez que o preço-alvo para 2021 está mais baixo do que a cotação atual da empresa, cotada a R$ 28,15 no fim do pregão desta terça (15).
O analista acredita no sucesso dos IPOs, tanto da mineradora quanto do segmento de cimentos.
Bom momento do aço do minério já está contido no preço atual da CSN
Apesar da demanda por aço estar aquecida no mercado interno, da rentabilidade do segmento de mineração e dos bons resultados do segmento de cimento, o BB acredita que essa movimentação já está inclusa no preço atual do papel da CSN.
Entretanto, para o banco, alguns riscos devem ser observados de perto pelos investidores, sendo os principais:
- o avanço da covid-19, que pode gerar nova desaceleração econômica.
- o aumento das importações de aço, o que limitaria o aumento dos preços da companhia.
- queda no preço do minério.
- risco de falha da companhia na implementação do processo de desalavancagem.
Em seu evento, a CSN deu também bastante destaque para sua agenda ESG e afirmou que vem buscando seguir melhores práticas no setor.
Na questão ambiental, a companhia desembolsou mais de R$ 750 milhões nos últimos dois anos, sendo pioneira nas técnicas de filtragem e empilhamento a seco.
A CSN atingiu, no começo de 2020, 100% de sua produção de minério feita esses métodos, sendo a única grande mineradora brasileira a não usar barragens.
