CSN (CSNA3) registra prejuízo de R$ 1,31 bilhão no 1T20
A CSN (CSNA3) divulgou, na noite da última quinta-feira (14), um prejuízo líquido de R$ 1,31 bilhão no primeiro trimestre deste ano. O resultado reverte o lucro líquido apresentado no mesmo período do ano passado, de R$ 87 milhões.
Segundo a companhia, esse resultado financeiro ocorreu em função de “apontamentos não-operacionais e não-caixa”, como hedge accounting e perda do valor de mercado das ações da Usiminas (USIM5) que a CSN possui.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 1,33 bilhão, queda de 23% em comparação ao primeiro trimestre de 2019. A dívida líquida da empresa, por sua vez, aumentou 27% na comparação anualizada, indo para R$ 32,8 bilhões.
Dessa forma, a alavancagem financeira da companhia, calculada pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajusto, é de 4,78x, 1,01 vezes superior ao indicador apresentado um ano antes.
Durante os três primeiros meses deste ano, a receita líquida da CSN foi de R$ 5,33 bilhões, 11% inferior ao atingido no primeiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o recuo ocorreu devido ao menor volume de vendas de minério de ferro em razão de chuvas e atrasos nas novas frentes de lavra.
As despesas com vendas, gerais e administrativas, por sua vez, caiu 26,5%, para R$ 510 milhões. E, de acordo com o balanço da empresa, “outras receitas e despesas operacionais” atintgiram o valor negativo de R$ 666 milhões.
O volume de vendas no segmento de siderurgia somou 1,14 mil toneladas, 2% acima do trimestre imediatamente anterior. O Ebitda desse braço operacional da empresa apresentou uma alta de 68%, para R$ 298 milhões.
De acordo com a companhia, o fluxo de caixa ajustado alcançou R$ 506 milhões, um resultado das ações para preservação de liquidez da empresa.
A empresa relatou que no primeiro trimestre de 2020 foram investidos R$ 354 milhões, devido à desaceleração de gastos nos diversos projetos do segmento de siderurgia.
Além disso, a CSN também destacou a emissão de novos bonds com vencimento em 2028, no valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,89 bilhões na cotação atual). Assim, a companhia considera ter alongado significativamente seus prazos de dívida.