As ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tiveram alta de 75% no ano. Essa é a maior elevação entre as ações listadas no Ibovespa.
O valor da CSN (CSNA3) passou de R$ 12,2 bilhões, no fim do ano passado, para mais de R$ 21 bilhões nesta semana. Um dos principais fatores da subida foi o posicionamento estratégico. Em 2017, 30% da geração de caixa eram oriundos da mineração. No ano passado, esse número passou para 50% do lucro antes de impostos, depreciação e amortização.
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Além disso, com o cenário favorável do minério, a CSN conseguiu diminuir o endividamento da empresa. A relação entre dívida líquida e geração de caixa no fim de 2018 era de 4,55 vezes, duas vezes menor do que as concorrentes Gerdau e Usiminas. A companhia também restruturou sua dívida, reduzindo vendimentos de 2019 e alongando prazos.
De acordo com analistas consultados pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, os problemas envolvendo a produção da Vale cria um cenário positivo. “Também faz com que a perspectiva de resultado, principalmente no primeiro trimestre, seja mais forte”, explica a analista da Coinvalores, Sabrina Cassiano.
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Na visão do analista de siderurgia do Itaú BBA, Daniel Sasson, outro fator foi importante para os investidores. “Os resultados do quarto trimestre foram bons, melhores do que os concorrentes, mas, mais importante, foi a empresa ter anunciado uma pré-venda de minério” . A CSN assinou um contrato com Glencore que prevê a venda de US$ 500 milhões em ferro,
Captação de capital
A siderúrgica prevê ainda a captação de R$ 5 bilhões em dinheiro novo em 2019 para diminuir o endividamento. Assim, a companhia espera chegar a uma relação de dívida e geração de caixa 3 vezes menor.
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No balanço divulgado pela CSN neste ano, no quarto trimestre, o total arrecadado foi R$ 6,051 milhões, com alta de 21% na comparação com o último trimestre de 2017. No acumulado do ano, a receita foi de R$ 22,969 bilhões com avanço de 24% ante o ano anterior.