Desde o IPO do Nubank (NUBR33), em dezembro do ano passado, as ações do roxinho listadas na Nasdaq já caíram mais de 30% e, com isso, também derrubaram sua cofundadora Cristina Junqueira, do posto de bilionária.
Cristina Junqueira, de 39 anos, tinha entrado para o clube das bilionárias brasileira – ao lado de Luiza Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3) – já na estreia das ações do Nubank na Bolsa de Nova York. No primeiro dia de negociações, os papéis do banco subiram cerca de 15%, resultando em uma avaliação de mercado do Nubank de US$ 45 bilhões.
Com uma participação de 2,9% nas ações do roxinho, a fortuna de Junqueira chegou a US$ 1,3 bilhão – elevando-a ao posto de segunda mulher ‘self-made’ mais rica do Brasil.
Mas, com o derretimento dos papéis NU na Bolsa de Nova York, a fortuna de Junqueira também se esvaziou. Atualmente, o montante da cofundadora está estimado em US$ 900 milhões, segundo a Forbes.
O mesmo não se aplica ao CEO do Nubank, David Vélez, que segue bilionário.
A participação de Vélez no banco digital é de 23%, equivalente a US$ 7 bilhões com o preço atual da ação, de US$ 6,89. No mês passado, a fortuna chegou a US$ 10,2 bilhões.
Já o terceiro cofundador do roxinho não tem uma participação significativa em ações, de modo que nem é contabilizado pela Forbes.
Nubank fica em 3º lugar como banco mais valioso, após ação derreter em NY
A badalada estreia do Nubank, em 9 de dezembro passado, levou o banco ao posto de mais valioso da América Latina, desbancando Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4). Mas as ações caíram no primeiro mês de negociações em Nova York – e a queda se intensificou nas últimas semanas.
Após a desvalorização na primeira quinzena e nos últimos dias, a ação do Nubank negocia 20% abaixo do preço definido na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O banco digital vendeu papéis a US$ 9 na oferta e, nesta terça-feira (25), a cotação era de US$ 7,20 na Bolsa de Nova York.
O papel chegou a ser negociado a US$ 11,85 dias após a estreia, em sua máxima até agora. Desde então, caiu cerca de 40%, diante do contexto de mercado negativo para papéis de empresas de tecnologia.
A expectativa de altas de juros nos Estados Unidos neste ano tirou atratividade de ações de empresas com alto crescimento e lucro zero – como o Nubank.