Crise na Americanas (AMER3): é seguro fazer compras na loja?

A Americanas (AMER3) permanece sob o foco do mercado financeiro desde a última quarta-feira (11), quando comunicou um rombo de R$ 20 bilhões em lançamentos contábeis. A empresa preocupa, além de investidores, seus consumidores, que realizaram compras recentemente ou que tinham o desejo de adquirir alguns dos milhares de produtos disponibilizados pela varejista. Será que é arriscado fazer compras na Americanas diante da crise?

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Na última sexta-feira (13), o Procon-SP enviou uma notificação para a Americanas, e questionou os possíveis impactos aos consumidores, se as compras realizadas serão comprometidas. O instituto solicitou detalhes sobre quantas pessoas serão afetadas caso isso aconteça.

A Americanas chegou a emitir um comunicado em suas redes sociais para tranquilizar clientes, fornecedores e parceiros sobre a possibilidade de fazer compras nas lojas. “Então, se tem uma coisa que nada muda é que, por aqui, seguimos pensando e trabalhando por você”, comunicou.

Na ocasião, a Americanas também aproveitou para abordar sua saída do patrocínio do Big Brother Brasil 2023. A varejista era detentora, desde a última edição, da cota mais cara de patrocínio do programa, com um custo de mais de R$ 105 milhões, fora demais encargos para realização de ações dentro e fora da edição. A informação foi antecipada pelo jornal O Estado de São Paulo e confirmada pelo Suno Notícias com a empresa.

O Mercado Livre (MELI34) ficará responsável pela cota deixada pela varejista na edição que tem início nesta segunda-feira (16). Confira:

Questionada pelo Suno Notícias se a crise envolvendo inconsistências contábeis afetaria a entrega de produtos ou a recomposição de estoques, a Americanas respondeu que “segue aberta e pronta para suas compras e entregas, nas lojas, no site e no app. A companhia continua dando acesso ao maior número de brasileiros e brasileiras às melhores ofertas, produtos e serviços”.

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Rombo na Americanas

Em fato relevante divulgado na quarta-feira (11), a Americanas disse que detectou inconsistências estimadas no total de R$ 20 bilhões, com data-base em 30/09/2022. O montante apontado é maior que o valor de mercado da própria varejista na Bolsa, que até então era de R$ 10 bilhões.

Sergio Rial, que havia assumido o comando a empresa no início do ano, deixou o cargo em menos de dez dias. Na apresentação ao mercado sobre o rombo na Americanas, o ex-Santander Brasil (SANB11) evidenciou que a varejista precisará do aporte de “alguns bilhões”. O executivo atuará como assessor dos acionistas de referência (3G Capital) durante a apuração do caso.

A “inconsistência contábil” caiu como uma bomba no mercado e, na quinta-feira (12), a empresa viu R$ 8,37 bilhões do seu valor de mercado virarem pó. As ações da Americanas encolheram 77,33% na bolsa de valores. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu três processos para apurar o caso.

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Beatriz Boyadjian

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