Criador do Pix está na lista de pessoas mais influentes em 2021 da Bloomberg

A Bloomberg publicou na última quarta (1º) sua quinta lista anual das 50 pessoas que definiram os rumos dos negócios globais. Entre elas está Carlos Eduardo Brandt, principal responsável pela implementação do Pix.

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O chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix do Banco Central foi o único brasileiro a figurar na lista da Bloomberg, que reúne personalidades e ideias que impactaram negócios, entretenimento, finanças, política, ciência e tecnologia em 2021.

“O sistema de pagamento móvel mais que dobrou sua base de usuários este ano, para 113 milhões no último dia de outubro, de 56 milhões no final de 2020”, exalta a lista do Bloomberg.

A relações de pessoas mais influentes da Bloomberg inclui nomes como Frances Haugen, ex-gerente de produtos do Facebook (FKOB34) — que denunciou a empresa acusando de manipulação de audiência e omissão de relatórios a investidores –, Vanessa Pappas (chefe de operações do TikTok), David Baszucki, CEO e um dos fundadores do Roblox, Hoesung Lee, presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, e o novo CEO da Amazon (AMZO34), Andy Jassy.

O Pix foi lançado pelo Banco Central em novembro do ano passado e, segundo o jornal, foi um ótimo timing. Com os negócios fechados durante a pandemia, o uso de dinheiro impresso despencou enquanto o trabalho informal crescia, e o Pix permitiu que fundos fossem repassados ​​entre as pessoas com mais facilidade.

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O serviço de pagamento digital ganhou aderência rapidamente, quebrando seu próprio recorde de 40 milhões de transferências em um dia. Em outubro, mais de 500 bilhões de reais (cerca de US $ 92 bilhões) passaram pelo aplicativo – mais de 30 vezes mais transferências do que pela segunda plataforma de pagamento eletrônico mais usada.

Apesar de Carlos Eduardo Brandt estrelar na lista, a ideia do Pix veio do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Em busca de uma pessoa com mais inclinação operacional para seguir em frente com a ideia, chamou Carlos Eduardo Brendt, chefe adjunto de concorrência e estrutura dos mercados financeiros do banco. Agora, Brendt está trabalhando para adicionar transferências internacionais ao Pix.

Carlos Eduardo Brandt: chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix do Banco Central foi o único brasileiro a figurar na lista da Bloomberg. Foto Divulgação

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Pix pode ser proibido em São Paulo

Um projeto que proíbe o Pix em São Paulo está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e teve regime de urgência aprovado pela casa. A autoria é do deputado Campos Machado (Avante).

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Segundo o texto do Projeto de Lei 583/21, há ‘falta de segurança nas transações’ realizadas por meio do Pix.

O comunicado oficial da Alesp diz que “o projeto proíbe as instituições financeiras e de pagamentos de processar as transferências até que o Banco Central desenvolva mecanismos que assegurem a segurança dos correntistas. Após 30 dias do recebimento do laudo técnico de segurança do Banco Central, a Alesp poderá votar a revogação da lei.”

Com a recente aprovação do regime de urgência, a tramitação será mais acelerada e a análise da proposta de proibição do Pix poderá ser feita de uma única vez – assim ficando pronta para ser discutida e votada no Plenário.

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Bruno Galvão

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