O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a ressaltar nesta segunda-feira (16) que a criação do sistema de pagamentos instantâneos, Pix, o qual foi lançado oficialmente nesta manhã, não tem nenhuma relação com a eventual implantação de um futuro imposto sobre transações financeiras, nos moldes da CPMF.
Segundo Campos, “Queria deixar bem claro, com todas as letras, que a criação do Pix não tem nada a ver com nenhuma intenção de cobrar imposto”, informou o presidente do BC, referindo-se ao CPMF.
A autoridade do Banco Central declarou ainda que existem previsões que mostram que o novo sistema de pagamentos pode responder por cerca de 20% a 25% dos pagamentos. “Se alguém quiser cobrar um imposto sobre pagamentos, tem que cobrar sobre mais de 25%” para ter uma boa arrecadação, declarou.
“Então não é o Pix que vai fazer o imposto existir ou não.” durante o lançamento oficial do sistema, hoje, Campos disse que entre os objetivos do Pix estão a redução de custos operacionais e o fomento de novos negócios e da inclusão financeira produtiva, exemplificou.
“Enquanto não tiver solução melhor, prefiro esse imposto de merda”, diz Guedes sobre CPMF
O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou no dia 16 de outubro, durante um evento online, promovido pela XP, que não desistiu da ideia de criar um imposto sobre transações nos moldes da antiga Contribuição Provisória Movimentação Financeira (CPMF).
Durante o evento, Guedes afirmou que “temos que desonerar o custo do trabalho. Enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro esse imposto de merda”, comentando sobre CPMF.
Vale destacar que Guedes havia afirmado um dia antes que poderia desistir da ideia de criar um imposto dobre transações. No entanto, no dia seguinte, o economista afirmou que não desistiu da criação da “nova CPMF”.
Nesse sentido, ele explicou que deu a informação errada, “preciso me comunicar melhor”, destacou. Segundo o ministro, “há muito ruído, o governo deve se comunicar melhor”.
O economista ainda afirmou que esse imposto está sendo planejado para ser um substituto dos que são cobrados sobre os salários que as empresas pagam aos seus funcionários.
Frente a isso, Guedes salientou: “por que você acha que estamos pensando nessa coisa de merda? Você acha que liberais gostam de criar impostos? De maneira alguma. Só tem uma maneira razoável de pensar, é porque existe um pior funcionando hoje”, concluiu o ministro ao falar sobre a CPMF.