O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (13) que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer até 2,5% no próximo ano.
As reformas, como a da Previdência e a tributária, foram apontadas como fatores que, caso sejam aprovados, podem ocasionar a alta do PIB.
“Quem fez o Orçamento do ano passado foi o outro governo, eles botaram (crescimento de) 2,5%, e eu sabia que não ia ser 2,5% porque não fizemos as reformas. Agora, sim, fizemos as reformas e quem sabe ano que vem vai ser 2,5%”, afirmou o ministro.
No entanto, Guedes afirmou que o crescimento econômico pode ser de “1%, 1,5%”, ao depender de como o País reagirá às reformas no próximo ano.
Para 2019, o ministro declarou que ainda não tem certeza se o crescimento será de 0,8% ou 1%.
Privatizações do governo federal
Ainda nesta sexta, Guedes falou sobre o programa de privatizações do governo federal.
“Nossa meta de privatização de R$ 80 bilhões praticamente foi atingida antes do fim do ano, com BR Distribuidora e outras pequenas desestatizações”, afirmou o ministro.
Segundo ele, em 2020, a equipe econômica criará um sistema para acelerar os processos de desestatização.
“As maiores vamos avançar no ano que vem, vamos criar um fast track (sistema de aceleração dos processos) para as privatizações, para acelerá-las”, reiterou Guedes.
Ainda nesta semana, o ministro já falou que irá propor a privatização de todas as empresas estatais.
Previsão para o PIB do terceiro semestre do Itaú
O Itaú Unibanco divulgou uma nova projeção preliminar para o PIB do terceiro trimestre de 2019. Segundo o banco, a economia avançará 0,2% entre julho e setembro em comparação com os outros trimestres deste ano.
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O banco alterou a previsão para o crescimento econômico do Brasil por conta do avanço das vendas do varejo em julho. Ademais, o avanço das receitas para o setor de serviços também contribuiu para a alta.
“Se o PIB do terceiro trimestre caísse de fato, ia ser difícil chegar ao 0,8% deste ano”, afirmou Luka Barbosa, economista do Itaú. Para Barbosa, para manter a previsão de 0,8%, o quarto trimestre precisará de um crescimento entre 0,5% e 0,6%.