O crescimento da indústria brasileira foi o mais fraco em abril dentre os últimos 6 meses. O PMI no Brasil, medido pelo IHS Markit, foi a 51,2 de 52,8. O resultado ficou pouco acima da marca dos 50, que divide o crescimento da retração.
Influenciaram nos números baixos do PMI os resultados mais fracos registrados nas categorias de bens ao consumidor e bens intermediários.
Um setor que manteve o crescimento foi o de produtores de bens de capital, de acordo com os dados do PMI. Abril também foi o mês com o menor aumento das vendas em oito meses, desde julho de 2018.
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Fatores para o fraco PMI
Os fatores que influenciaram no lento crescimento da indústria são o fraco comércio global e a crise na Argentina. O vizinho latino é o principal exportador de produtos industrializados brasileiros. Dessa forma, o Brasil sentiu os efeitos da inflação e da crise na Argentina.
Além disso, a criação de vagas de emprego no setor industrial também desacelerou. Novos postos foram criados, mas em um ritmo menor do que nos últimos meses do crescimento.
Apesar de um baixo PMI, a expectativa é de que inovações em produtos e melhores condições no setor de exportações melhores os dados. Além disso, a previsão de melhora da situação econômica do País também eleva as previsões para o crescimento da indústria.
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Faturamento do setor industrial
O setor industrial teve um recuo de 6,3% em seu faturamento durante o mês de março, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Além disso a CNI ainda apontou que o indicativo da atividade do setor seguiu o mesmo ritmo do faturamento, registrando uma queda de 1,5%. Ambos os índices foram comparados com mês anterior, após reajuste sazonal.
Conforme avaliou a confederação, os dados apurados “mostram que o setor enfrenta dificuldades para se recuperar da crise”. A entidade ainda completou dizendo que “desde a greve dos caminhoneiros, o setor não consegue engrenar uma sequência de bons resultados”.
A CNI ainda informou que o nível de uso do parque fabril, que é a utilização da capacidade instalada da empresa, recuou 0,9% em março quando comparado a fevereiro, chegando a 76,5%. No entanto, o resultado obtido é o menor desde maio de 2018, época em que ocorreu a paralisação dos caminhoneiros, que influenciou também na indústria (PMI).