Imóveis: setor de construção civil tem primeira alta após 5 anos
O setor de construção civil subiu 2% no segundo trimestre deste ano. Eram 20 trimestres seguidos de queda nessa base de comparação sobre a construção de imóveis. As informações foram divulgadas na manhã deste quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O reaquecimento das obras dos imóveis fez com que os investimentos fossem elevados, alcançando 5,2% de alta em relação com o trimestre passado.
Construção de imóveis gera empregos
A construção civil é um bom parâmetro na economia para índices de investimentos e emprego, pois mobiliza muita mão de obra.
O bom desenvolvimento dessa categoria costuma ser uma junção de ganho de renda da população, confiança do empresariado investidores e de famílias que possuem melhores perspectivas para o futuro.
De acordo com o IBGE, o setor foi colaborado pela alta de 10,7% no crédito para financiamento habitacional, o que acarretou na abertura de vagas de trabalho. O número de pessoas empregadas no setor cresceu 0,9% no segundo trimestre.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% no intervalo de abril-junho deste ano, segundo o IBGE, o que reforça o cenário de estagnação da economia brasileira, embora o resultado tenha superado as expectativas dos especialistas.
O resultado positivo no indicador do País foi impulsionado principalmente pelos ganhos do setor industrial, que registrou uma expansão de 0,7%. Além disso, o setor dos serviços também registrou um crescimento, de 0,3%. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,4%.
Analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam o crescimento do PIB de 0,2% ante ao primeiro trimestre e 0,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve a greve dos caminhoneiros, parando o País e fazendo o PIB encerrar 2018 com uma alta de apenas 1,1%.
Apesar da aparente recuperação econômica, o Brasil está no mesmo patamar dos primeiros três meses de 2012, e 4,8% do pico de produção no primeiro trimestre de 2014, momento anterior à crise econômica.
Contudo, com a progressão positiva do setor de imóveis, a possibilidade de impulsão do desenvolvimento econômico no Brasil é factível.